Casal de tucanos encanta e preocupa aves no pomar do Mesorregional
Durante a tarde chuvosa desta sexta-feira (3), o pomar do Mesorregional recebeu a visita de diversas aves da Mata Atlântica, que aproveitaram as frutas como alimento. Entre bananeiras, ameixeiras, amoreiras, pés de pitanga, acerola, jabuticaba e araçá, espécies como bem-te-vi, sabiás, joão-de-barro, sinhacus, aracuãs, anus, maitacas/tirivas, rolas e pardais deram um verdadeiro espetáculo natural.

No entanto, quem chamou mais atenção foi um casal de tucanos-toco (Ramphastos toco), considerados os maiores entre os tucanos. Pela beleza e imponência, tornaram-se destaque imediato, mas também trouxeram preocupação para outras aves, especialmente as que estão em período de reprodução, já que os tucanos podem se alimentar de ovos e filhotes.
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De acordo com informações da Universidade Nacional de Brasília (UnB), o tucano-toco mede cerca de 56 cm, pode pesar em torno de 540 gramas e possui o inconfundível bico alaranjado com mancha preta na ponta, que chega a 20 cm de comprimento. Apesar do tamanho, o bico é leve e funciona como uma “janela térmica”, auxiliando na regulação da temperatura corporal — considerado o mecanismo mais eficiente de troca de calor entre animais.
Essas aves habitam matas de galeria, capões, Cerrado, Pantanal e trechos da Mata Atlântica, sendo as únicas da família dos ranfastídeos a sobrevoarem com frequência campos abertos e rios largos. Sua dieta é variada: inclui frutas (especialmente açaí), insetos, ovos e até pequenos vertebrados.
O tucano-toco costuma viver em casais no período reprodutivo e depois formar bandos com até duas dezenas de indivíduos. Podem viver de 15 a 20 anos em cativeiro e não estão em risco de extinção.
A visita no pomar do Mesorregional foi motivo de encantamento, mas também um lembrete da dinâmica natural da Mata Atlântica, onde cada espécie exerce seu papel, seja como predador, dispersor de sementes ou parte da cadeia alimentar.
