Alerta em Rio do Sul: óbitos por doenças respiratórias crescem em até 20%
A Secretaria de Saúde de Rio do Sul divulgou dados preocupantes sobre o aumento de óbitos por doenças respiratórias no primeiro semestre de 2025. Entre janeiro e junho, foram registrados 23 mortes causadas por condições como H1N1 (2 casos), pneumonia (9 casos) e outras doenças do sistema respiratório (12 casos). Esse número corresponde a 10% de todos os óbitos no município no período, que totalizam 230 por causas naturais, acidentes ou violência. Comparado ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 19 mortes, o aumento é de 21%, acendendo um alerta para a saúde pública.

Outro dado alarmante é o número de internações no Hospital Regional Alto Vale. Das 42 internações por doenças respiratórias em 2025, 25 foram de crianças, sendo 10 com menos de 6 meses e 15 entre 6 meses e 7 anos. Além disso, 8 adultos (18 a 60 anos) e 9 idosos (acima de 60 anos) também precisaram de internação. As crianças representam quase 60% do total de internados, evidenciando a vulnerabilidade desse grupo.
A baixa cobertura vacinal entre idosos é outro fator crítico. Em Rio do Sul, dos 11.982 moradores acima de 60 anos, apenas 5.675 receberam a vacina contra a gripe, o que equivale a menosunion** da população idosa, muito abaixo do índice de 90% recomendado pelo Ministério da Saúde. Essa baixa adesão à vacinação contribui para o risco de complicações e mortes, segundo especialistas.
A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina e a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) reforçam que a vacinação é a principal medida para prevenir casos graves de doenças como gripe, coqueluche e COVID-19. Além disso, medidas simples como lavar as mãos com frequência, cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar e evitar contato com pessoas doentes são essenciais para reduzir a transmissão de vírus e bactérias. A SBI também destaca a importância de ambientes ventilados, especialmente no inverno, quando locais fechados favorecem a circulação de micro-organismos. Manter janelas abertas em escolas, transporte coletivo e locais de trabalho é uma recomendação prática.
Para grupos de risco, como crianças e idosos, é crucial observar sinais de alerta, como febre persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito ou desidratação em crianças, que exigem atendimento médico imediato. O tratamento precoce é apontado como fundamental para evitar agravamentos, hospitalizações e óbitos, especialmente diante do cenário de 2025, em que as doenças respiratórias já respondem por 10% das mortes no município.
Foto: Divulgação / Prefeitura de Rio Do Sul / HRV