Destaques

Arlindo Cruz falece aos 66 anos: legado do sambista carioca deixa marcas eternas na música brasileira

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é PORTAL-MESORREGIONAL-720x100-px.jpg

O Brasil perdeu nesta sexta-feira, 8 de agosto de 2025, um dos maiores nomes do samba brasileiro, Arlindo Cruz, aos 66 anos. A informação foi confirmada pela esposa do artista, Babi Cruz, e pela CNN. O sambista enfrentava problemas de saúde desde 2017, quando sofreu um AVC hemorrágico que resultou em graves sequelas, como perda de movimentos e comprometimento da fala. Nos últimos meses, ele estava internado no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, para tratar uma pneumonia causada por uma bactéria resistente, agravada por sua condição delicada.

Arlindo também era portador de uma doença autoimune, utilizava traqueostomia e gastrostomia (sonda alimentar), o que demandava cuidados intensivos. Em julho, segundo familiares, ele já não respondia a estímulos, e sua saúde se deteriorou nas últimas semanas, culminando em falência múltipla de órgãos. Apesar dos desafios, sua família, incluindo a esposa Babi Cruz e os filhos Arlindinho e Flora Cruz, manteve os fãs informados, compartilhando momentos de esperança e luta.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é banner-grupo-meso-1024x95.png

Nascido em 14 de setembro de 1958, em Madureira, no Rio de Janeiro, Arlindo Domingos da Cruz Filho cresceu imerso na música. Aos 7 anos, ganhou seu primeiro cavaquinho do pai, Arlindão, e aos 12, já estudava violão clássico na escola Flor do Méier. Sua carreira decolou nas rodas de samba do Cacique de Ramos, onde tocou ao lado de lendas como Candeia, Jorge Aragão e Beth Carvalho. Como integrante do Fundo de Quintal por 12 anos, Arlindo ajudou a modernizar o samba, introduzindo o banjo e composições marcantes como “Seja Sambista Também” e “O Mapa da Mina”.

Após deixar o grupo em 1993, Arlindo consolidou uma carreira solo de sucesso, com álbuns como “MTV Ao Vivo” (2009) e parcerias com nomes como Zeca Pagodinho, Alcione e Caetano Veloso. Autor de mais de 550 composições, ele eternizou sucessos como “O Show Tem Que Continuar”, “Meu Lugar”, “Saudade Louca” e “O Que É o Amor”, que ecoam nas rodas de samba e rádios do Brasil. No carnaval, sua genialidade brilhou em sambas-enredo para escolas como Império Serrano, onde foi homenageado em 2023 com o enredo “Lugares de Arlindo”.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é Banner-02.jpeg

Arlindo também marcou presença na televisão, participando de programas como “Esquenta!” e “É Gol!!!”, onde demonstrou sua paixão pelo Flamengo e pelo samba. Recentemente, em fevereiro de 2025, sua última aparição pública no programa “É Gol!!!” emocionou o público. Sua biografia, “O Sambista Perfeito”, lançada em junho de 2025 por Marcos Salles, detalha sua trajetória e reforça sua importância cultural.

Em um gesto de carinho, Arlindo homenageou Preta Gil em suas redes sociais, após a morte da cantora por câncer de intestino, escrevendo: “Em cada um que ama a música popular brasileira, Preta Maria sempre viverá!”. Sua partida gerou comoção, com tributos espontâneos em Madureira e mensagens de artistas como Zeca Pagodinho e Maria Rita. O programa “Sem Censura”, da TV Brasil, exibiu uma homenagem gravada com a participação de Arlindinho, Babi Cruz e amigos, celebrando seu legado.

Foto: Reprodução / Redes Sociais

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é artes-campanha-procon_720x100.jpg
error: Conteúdo Protegido !!