Falsa psicóloga é alvo de operação da Polícia Civil em Blumenau
Na tarde desta quinta-feira (6), a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio do Setor de Investigações Criminais (SIC) do 1º Distrito Policial de Blumenau, cumpriu mandado de busca e apreensão domiciliar contra uma mulher de 37 anos que se passava por psicóloga especializada em atendimento a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
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As investigações começaram após denúncia feita por uma escola particular, que, durante um processo seletivo, suspeitou da autenticidade dos diplomas apresentados pela candidata. Entre os documentos apresentados estavam títulos de graduação e especialização falsos, supostamente emitidos por instituições nacionais e estrangeiras.
Segundo a Polícia Civil, a mulher alegava possuir:
- Diploma de Psicologia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel);
- Especialização em Neuropsicologia pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal);
- Certificação em “Neuroscience and Education” pelo Child Behavior Institute of Miami (EUA);
- Certificação “Early Start Denver Model – ESDM Therapist Program”, voltada a atendimentos de crianças com TEA.
Durante a investigação, a polícia confirmou que todos os documentos eram falsos e que a mulher não possui registro profissional junto ao Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Atendimentos ilegais no Centro de Blumenau
A apuração também revelou que a investigada mantinha um consultório no Centro da cidade, localizado no Edifício Master Center, conforme apuração exclusiva do Mesorregional, realizava atendimentos particulares a famílias e crianças com autismo, sem qualquer formação legítima na área.
Diante da gravidade do caso, o delegado responsável, Dr Bruno Fernando, representou pela busca e apreensão no endereço da suspeita, com o objetivo de coletar provas e identificar possíveis vítimas.
Durante a operação, os policiais apreenderam: celular da investigada, formulários de cadastro de pacientes, materiais de atendimento psicológico falsificados.
A mulher está sendo investigada pelos crimes de falsificação de documento público e particular e exercício ilegal da profissão, previstos nos artigos 297, 298 e 282 do Código Penal.
As investigações continuam e a Polícia Civil solicita que famílias atendidas pela suspeita procurem o 1º Distrito Policial para registrar boletim de ocorrência e auxiliar na identificação de outras possíveis vítimas.
Fotos: Divulgação / Polícia Civil
