Influencer que chamou blumenauenses de nazistas será investigado pela Polícia Civil de SC
O “jornalista influencer” Tiago Santos, que publicou vídeos chamando os blumenauenses e os mais de 680 mil participantes da Oktoberfest Blumenau de nazistas, será investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina. A informação foi confirmada pelo Mesorregional junto ao Poder Executivo Municipal, que encaminhou o caso às autoridades competentes.
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O prefeito de Blumenau, Egidio Ferrari (PL), divulgou um vídeo de repúdio às declarações preconceituosas e criminosas do influenciador e informou que os conteúdos foram enviados à Delegada Regional de Blumenau. A Polícia Civil deve instaurar inquérito policial. “Acusações infundadas que tentam rotular nossa cidade como ninho de nazistas são absurdas e frutos da ignorância! Para quem tenta ofender nossa cidade e nosso povo, fica um recado claro: não vamos nos intimidar! Blumenau continua sendo um motivo de orgulho para quem ama e reconhece o verdadeiro valor dessa terra”, destacou o prefeito Egidio Ferrari.
O deputado estadual Ivan Naatz (PL), que concorre a uma vaga de desembargador ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina pelo Quinto Constitucional, também se pronunciou nas redes sociais: “Chamar a Oktoberfest de festa nazista é um desrespeito à nossa gente e à nossa tradição. Blumenau é terra de gente honesta e trabalhadora. O jornalista que fez essa afirmação já está sendo investigado por calúnia e difamação. Não vamos tolerar esse desrespeito com o nosso povo.”
Mesmo após as reações, Tiago voltou a atacar Blumenau com dois novos vídeos, em tom de desafio ao prefeito, tentando distorcer informações sobre o uso da Lei Rouanet na Oktoberfest. Ele alegou que o evento receberia verbas públicas, mas, conforme estudo técnico, cada R$ 1 investido via Lei Rouanet gera retorno de R$ 1,60 em impostos e até R$ 6 na economia, por meio das renúncias fiscais.
Além disso, o influenciador fez comentários xenofóbicos e distorcidos sobre a história da cidade, afirmando, de forma equivocada, que a fundação de Blumenau teria utilizado mão de obra escrava, quando o fundador Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau era declaradamente contra a escravidão, conforme registros históricos.
O Mesorregional, que noticiou o caso em primeira mão, apurou que o caso agora será investigado pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), em Florianópolis. A apuração ficará sob responsabilidade da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), especializada em crimes cibernéticos.
Com isso, os ataques reiterados de Tiago Santos, que se autointitula “baiano louco”, deverão ser investigados em nível estadual, reforçando que poderá resultar em responsabilização criminal e civil.
Fotos: Reprodução / Redes Sociais
