Ministério Público denuncia motorista embriagado por de casal atropelado na BR-101, em Penha
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Penha, formalizou a denúncia contra um homem de 35 anos que, sob efeito de álcool, causou a morte de duas pessoas em um grave acidente de trânsito ocorrido na madrugada de 26 de abril, na BR-101, em Penha. A denúncia foi protocolada nesta quarta-feira (30/04) e aguarda o recebimento pelo Juízo da Vara Regional de Garantias da Comarca de Itajaí.

De acordo com os detalhes da denúncia, o réu estava dirigindo um Citroën/C3 quando colidiu com um veículo parado no acostamento, onde uma das vítimas estava trocando o pneu. O impacto fez com que o automóvel fosse arremessado para uma vala, resultando na morte de duas pessoas. Outras duas pessoas que estavam no carro atingido não sofreram ferimentos. O teste do bafômetro realizado com o motorista após o acidente apontou 0,57 miligrama de álcool por litro de ar alveolar, o que configura infração gravíssima segundo o Código de Trânsito Brasileiro.

A denúncia foi protocolada com base no artigo 303, § 3º, do Código de Trânsito, que trata do homicídio culposo na direção de veículo automotor, qualificado pela embriaguez. A pena será dobrada pela morte das duas vítimas. Além da responsabilização criminal, o MPSC requereu que a Justiça determine um valor mínimo de indenização por danos morais a ser destinado às famílias das vítimas.
Quem eram as vítimas
As vítimas fatais foram Dionn Roberth, de 28 anos, e Aline Rabuske, de 31 anos. Eles estavam em um relacionamento de 10 anos e trabalhavam juntos no atendimento a animais domésticos, com Aline exercendo a profissão de veterinária. Ambos foram velados no Crematório Vaticano de Balneário Camboriú.
A Promotora de Justiça Fernanda Golin Luiggi destacou a gravidade do caso, ressaltando a importância da conscientização sobre a combinação entre álcool e direção. “A sociedade precisa compreender que dirigir embriagado não é apenas uma infração, mas uma conduta que pode destruir vidas. A responsabilização penal é fundamental para que haja justiça às vítimas e para desestimular comportamentos tão irresponsáveis”, afirmou.
O acusado segue preso preventivamente, aguardando a continuidade do processo.
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