Prefeitos do Vale Europeu cobram solução urgente para frequentes quedas de energia na região
A Associação de Municípios do Vale Europeu (Amve) encaminhou ofício à Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e ao Governo do Estado de Santa Catarina cobrando solução imediata para as interrupções recorrentes no fornecimento de energia elétrica registradas nas últimas semanas na região do Vale Europeu. A manifestação ocorre diante de falhas prolongadas, agravadas por temporais que atingiram os municípios no período de final de ano.
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Segundo a Amve, e até mesmo o que foi constatado pelo Mesorregional, diversos municípios já enfrentaram interrupções que deixaram bairros inteiros sem energia por até 48 horas nos últimos dias. O cenário voltou a se repetir na noite do último sábado (27), quando novas quedas foram registradas e o restabelecimento do serviço ocorreu apenas quase 12 horas depois, ampliando os transtornos à população e aos serviços públicos.
O presidente da Amve e prefeito de Apiúna, Marcelo Doutel da Silva (PL), afirmou que, mesmo diante da gravidade, não houve resposta da Celesc pelos canais convencionais de atendimento nem contato direto da gestão regional. De acordo com ele, em vários momentos, os próprios sistemas de abertura de protocolo apresentaram instabilidade ou indisponibilidade, o que impediu o registro formal das ocorrências.
No documento enviado à Celesc e ao Governo do Estado, a Amve reconhece os desafios impostos por eventos climáticos, mas reivindica planejamento adequado, capacidade de resposta compatível com a complexidade da região e comunicação institucional transparente por parte da concessionária. A entidade também solicita esclarecimentos formais sobre as medidas adotadas, a apresentação de um plano de ação para prevenir novas ocorrências e a revisão dos procedimentos administrativos e operacionais da Regional de Blumenau.
O ofício ressalta que a ausência prolongada de energia elétrica impacta diretamente serviços essenciais, como unidades de saúde, sistemas de abastecimento de água, segurança pública, além de atividades industriais, comércio e turismo, ampliando significativamente os prejuízos sociais e econômicos nos municípios afetados. Outro ponto central destacado é a falta de retorno da gestão regional da Celesc, mesmo após reiteradas tentativas de contato por prefeitos e equipes técnicas municipais.
O Mesorregional fez contato com o gerente regional da Celesc em Blumenau, João Marcos Ribeiro, mas ele está de férias e até o momento da publicação desta matéria não retornou nossas mensagens.
Foto: Jefferson Santos / Mesorregional (Arquivo)
