Prefeitura do Alto Vale alerta os riscos de bebidas adulteradas e reforça ações preventivas
Diante do crescimento de intoxicações por metanol associadas a bebidas alcoólicas falsificadas no país, a Secretaria Municipal de Saúde de Rio do Sul, através da Vigilância Sanitária, orienta a população sobre como identificar produtos suspeitos e reconhecer sintomas graves. Embora Santa Catarina não registre casos suspeitos até agora, o Ministério da Saúde classifica o cenário como Evento de Saúde Pública (ESP), levando o Governo do Estado a reforçar protocolos clínicos e disponibilizar antídotos.
Em Rio do Sul, o Departamento de Vigilância Sanitária intensificou ações educativas para consumidores e comerciantes. Pequenas doses de metanol podem levar a consequências severas, como cegueira, coma e morte, especialmente em destilados adulterados.
Os principais indícios de falsificação incluem lacre desalinhado ou mal fixado, rótulos com erros de impressão, grafia ou falta de informações obrigatórias, garrafas reutilizadas ou de baixa qualidade, volume inconsistente, cor estranha da bebida, odor forte de solvente e preços muito abaixo do mercado. Para bebidas transparentes como vodka, gin e cachaça, qualquer turvação ou partículas em suspensão é um alerta.
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Os sintomas de intoxicação por metanol surgem entre 6 e 24 horas após o consumo, evoluindo rapidamente sem atendimento adequado. Inicialmente, incluem dor de cabeça, náuseas, tontura, visão turva e mal-estar. Após 12 horas, podem ocorrer acidose metabólica, distúrbios visuais intensos e dificuldade respiratória. Em casos graves, há cegueira irreversível, coma, convulsões e falência de órgãos.
Em suspeita, busque atendimento médico imediato, informe sobre o consumo e leve a embalagem. A rede estadual está mobilizada, com apoio do CIATox-SC pelo telefone 0800 643 5252 (24h).
Denúncias anônimas sobre bebidas suspeitas podem ser feitas ao PROCON Municipal (47) 3531-1212, Vigilância Sanitária Municipal (47) 3300-0998, Polícia Civil de Rio do Sul (47) 3526-3050 ou Disque Denúncia 181.
Para segurança, compre em locais confiáveis, exija nota fiscal e desconfie de preços baixos. “Nosso papel é proteger a população. Por isso, estamos intensificando as ações de fiscalização e informação. As pessoas precisam saber identificar uma bebida segura e denunciar práticas suspeitas. A prevenção é o melhor caminho”, afirma o diretor da Vigilância Sanitária e Epidemiológica de Rio do Sul, Cássio Moraes de Oliveira.
Foto: Maria Eduarda Franz / Mesorregional