Surdez pode atingir 2,5 bilhões de pessoas até 2050, alerta OMS
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050 cerca de 2,5 bilhões de pessoas no mundo poderão ter algum grau de surdez. No Brasil, a deficiência auditiva já atinge 10 milhões de cidadãos, conforme dados do IBGE. A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) aproveita o Dia Nacional do Surdo, celebrado em 26 de setembro, para reforçar a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
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A surdez pode se manifestar em diferentes níveis e formas, sendo classificada em três tipos principais: condutiva, neurossensorial e mista. A surdez condutiva ocorre quando há bloqueios na condução do som no ouvido externo ou médio, com causas que variam desde infecções, secreções persistentes e perfuração do tímpano até malformações. Nesse caso, há boas chances de reversão, com tratamentos que podem incluir remoção de cera, antibióticos ou procedimentos cirúrgicos.
Já a surdez neurossensorial decorre de danos às células sensoriais da cóclea ou ao nervo auditivo, sendo causada por envelhecimento, exposição a ruídos altos, fatores genéticos ou medicamentos ototóxicos. Esse tipo de perda geralmente é irreversível, mas pode ser tratado com aparelhos auditivos ou implantes cocleares, que estimulam diretamente o nervo auditivo e podem restaurar a capacidade de comunicação e melhorar a qualidade de vida.
A surdez mista combina os dois tipos anteriores e pode ser provocada por infecções crônicas, otosclerose ou traumas, exigindo abordagens combinadas, como cirurgias, aparelhos auditivos ou implantes.
O diagnóstico precoce é fundamental e deve ser feito por um otorrinolaringologista, por meio de exames como a audiometria. Entre os sintomas mais comuns estão dificuldade em entender conversas, aumento do volume da TV ou rádio, falar alto, zumbido no ouvido e isolamento social.
De acordo com o especialista da ABORL-CCF, Dr. Robinson Koji Tsuji, a melhor forma de cuidar da saúde auditiva é procurar um médico e realizar exames regulares. “Ouvir é primordial para a comunicação e relacionamento social. Quanto mais cedo o problema é identificado, maiores são as chances de tratamento e melhora da qualidade de vida”, reforça.

Foto: Divulgação / Pixabay