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A pandemia e o aumento do preço dos alimentos

O avanço da vacinação já produz um bom resultado com relação ao número de novos casos e de óbitos no Brasil e no mundo. Os reflexos negativos relacionados ao novo coronavírus são diversos e as mortes e patologias não estão relacionadas apenas à contaminação, doenças como a depressão e a ansiedade aumentaram significativamente durante a pandemia, de acordo com relatório discutido em evento da Friocruz.

A economia também foi fortemente atingida, e isso de fato prejudica a saúde das pessoas, pois a ausência e aumento dos mais diversos tipos de insumos também causa a fome e à ausência da possibilidade de alimentação adequada para milhões e milhões de pessoas. E há quem se engana, que as medidas de isolamento social fizeram com que a produção de alimentos caísse, quando na verdade o Brasil bateu recorde na produção do agronegócio. Para se ter uma ideia, o centro de pesquisa Agro Global, estima que as exportações do setor devem alcançar 120 bilhões de dólares neste ano, 20% a mais do que em 2020.

Um dos motivos do aumento dos alimentos é a ascensão da inflação, por exemplo, tem afetado gêneros alimentícios básicos, desde o ano passado e é claro, qual consumidor que precise ir ao mercado, precisa de gasolina, consomem energia elétrica, e a sequência de alta nos preços relacionados ao setor energético também atinge itens básicos de alimentação, além da alta demanda de exportação. 

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Além dessas questões há outras evidências, uma delas é que esse tipo de cenário é impactado diretamente por ações do poder público. A crise econômica foi potencializada pela pandemia, e a realidade mostra que o país não estava preparado e também não protegeu a própria economia para enfrentar a emergência sanitária de maneira mais sustentável, tendo como uma das consequências, o custo de produção mais caro, que obviamente chega às prateleiras, assim como a alta do dólar, que faz com que seja mais vantajoso vender os produtos para o exterior, o que diminui a oferta no Brasil.

Com isso os itens básico são os que tiveram aumento consideráveis no preço. Com relação à comida, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) as maiores subidas de preço entre março de 2020 e março de 2021 estão relacionadas aos cereais, leguminosas e oleaginosas, que tiveram aumento de 57,83%, enquanto óleos e gorduras sofreram aumento de 55,98%. Tubérculos, raízes e legumes também aumentaram, sofrendo alta de 31,62%, já as carnes subiram 29,51%, frutas 27,09% e leite longa vida, 20,52%.

Para agravar a situação, já que a previsão é que a energia elétrica fique 16% mais cara no ano que vem por conta da crise hídrica, que também assola o Brasil.

Foto: Jefferson Santos / Mesorregional

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