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Bolsonaro se filia ao PL com bem menos presentes que a filiação de Moro

Na última terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro confirmou sua filiação ao PL, do mensaleiro condenado Valdemar Costa Neto, em um comício partidário aberto que reuniu menos de 200 pessoas. Já a filiação de Sérgio Moro, realizada em 10/11/2021, teve pelo menos o dobro de adesão (400 presentes), e só não foi maior porque o evento atingiu sua lotação máxima em razão das medidas de prevenção à Covid-19.

A rejeição da filiação de Bolsonaro parece ter causado impacto até mesmo entre as castas mais fiéis do atual presidente, afinal o evento atraiu menos pessoas até mesmo em comparação com a prestação de contas organizada pelo Deputado Estadual Ivan Naatz, também do PL, no mês passado.

É claro que a presença massiva da população nos eventos de Moro e Naatz é mérito próprio destes, mas em análise política precisamos tentar entender o motivo do fracasso de público na filiação do Presidente da República.

Começa a ficar cada vez mais evidente a rejeição que o atual presidente tem a nível nacional e a candidatura de Sérgio Moro parece ser a única passível de consolidação para evitar a volta do PT ao poder. Vale lembrar que Valdemar Costa Neto foi preso em 2012 e condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do mensalão petista. Bolsonaro acabou absorvendo uma rejeição que até então talvez não tinha, focalizada no eixo Sul/Sudeste, contra os políticos envolvidos no mensalão.

É como diziam os antigos: “diga-me com quem andas e te direi quem és”. O povo brasileiro tem desenvolvido bastante seu senso político nos últimos anos e dificilmente tal aliança será ignorada.

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