Carol De Toni no Novo e pode até mesmo abrir chapa com Gilson Marques ao Senado
A movimentação da deputada federal Caroline De Toni para deixar o PL e se filiar ao Novo com objetivo de disputar o Senado Federal em 2026 já não é mais surpresa nos bastidores políticos de Santa Catarina. A possibilidade ganhou força após a sinalização de Carlos Bolsonaro (PL) — filho do ex-presidente Jair Bolsonaro — poderá concorrer pela mesma vaga, o que já gera choque impactante interno na sigla.
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Entretanto, há um nome central nessa equação: o deputado federal Gilson Marques (Novo, uma das principais lideranças da legenda no estado e que segue firme em sua intenção de disputar uma das duas vagas ao Senado em jogo em 2026. Marques, que está no segundo mandato, sendo o primeiro parlamentar do partido eleito para o Congresso em SC, e continua com uma boa aceitação entre o eleitorado catarinense, expressivamente conservador.
Segundo o deputado, a única situação que poderia fazê-lo abrir mão da candidatura seria o risco de uma das vagas cair nas mãos da esquerda, já que o PT deverá lançar Décio Lima ou Fabiano da Luz, nomes competitivos dentro do cenário catarinense. Marques afirma estar “muito otimista” e reforça que mantém relação “de amizade verdadeira” com Carol De Toni, a quem vem estimulando a migrar para o partido.
A possibilidade de os dois formarem uma chapa pura do Novo ao Senado já circula com força. Internamente, dirigentes avaliam que a dobradinha teria grande impacto no eleitorado conservador, especialmente considerando que Carlos Bolsonaro aparece bem cotado apenas como primeira opção de alguns eleitores em pesquisas internas, mas pontua muito pouco como segunda escolha — elemento determinante na eleição para senador, que em 2026 permitirá dois votos.
Gilson Marques destacou o exemplo de 2018, quando Lucas Esmeraldino concorreu isoladamente pelo PSL, sem uma segunda opção vinculada, o que, segundo ele, contribuiu para que o partido não alcançasse a vitória, sendo que na época foram eleitos Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (hoje governador pelo PL).
Com articulações aceleradas e cenários em reconfiguração, a disputa ao Senado por Santa Catarina promete ser uma das mais intensas do país em 2026. Um fato é explícito, Carol não deve esperar, sua candidatura deve se tornar a mais consolidada, pois se esperar para 2030, haverá apenas uma vaga, o que tende a ser novamente de Jorginho e praticamente todos os partidos estão de portas abertas para ela concorrer ao Senado, com exceção do próprio PL por conta de Carlos.
Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados
