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Pandemia provoca retração histórica na intenção de consumo das famílias

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou retração mensal de 13,1% em maio – a queda mais intensa desde o início da realização da pesquisa, em janeiro de 2010. Influenciado pelos impactos econômicos do novo coronavírus, o indicador chegou ao segundo resultado mensal negativo consecutivo.

O indicador referente ao acesso ao crédito foi o único que apresentou variação anual positiva (+5,4%). As taxas de juros cada vez mais baixas, com um nível inflacionário controlado, impactaram favoravelmente o acesso ao crédito. Contudo, o risco de maior inadimplência em virtude da crise provocada pela pandemia de covid-19 contribuiu para a desaceleração do consumo.

A pesquisa aponta também que os brasileiros nunca estiveram tão pessimistas com relação à perspectiva profissional. Com 88,1 pontos, o indicador atingiu em maio seu menor nível na série histórica, com queda mensal de 15,6% e anual de 18,2%. Os resultados demonstram a incerteza das famílias em relação ao futuro profissional e representam a insegurança dos brasileiros com os próximos meses.

Influenciada pelo momento atual dos indicadores econômicos e pelo prolongamento do período de isolamento, a maioria dos brasileiros também acredita que vai consumir menos nos próximos meses.

Foto: Marcos Santos / USP Imagens

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