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E a resiliência, como vai?


Artigo de Josiane Rodrigues, colunista do Mesorregional:



A palavra resiliência tem origem da física e suas propriedades. Se relaciona com a capacidade de um corpo ou objeto sofrer pressão e voltar ao estado original. Pensemos por exemplo, num elástico ao ser puxado ao nível máximo e ao soltá-lo ou em um bambu e sua resistência. 

Trazendo para a psicologia, a resiliência entrelaça com a visão sobre si (visão positiva), a visão que se tem sobre o mundo e sobre os outros e está ligada ao estado de humor. É a maneira de responder as situações que causam estresse, adequando-se. Lidar com mudanças, superar situações de crise e criar estratégias ou soluções para lidar com problemas sem que isso traga sofrimento maior.

Algumas pessoas tem mais facilidade de ser resilientes. Deve-se ao fato, destas terem experienciado vivências adversas e com isso passaram a ter maior capacidade de refazer-se, a partir das experiências consideradas mais difíceis, transformando tais experiências em aprendizado e seguir de uma maneira mais fortalecida ou encorajada. Outras pessoas menos resilientes, encontram dificuldade em lidar com situações estressantes e ter a chance da vulnerabilidade psicológica. Vidas gerenciadas de maneiras diferentes. Situações que podem ser reorganizadas diante do que ocorreu.

Seguem algumas dicas que podem contribuir para se tornar mais resiliente:

– Estar aberto ou ser flexível: enfrentamos tantas situações delicadas ultimamente, é compreensível que se possa estar mais ansioso, receoso ou ter preocupações. Contudo, estar aberto às pessoas e oportunidades, ouvir e posicionar-se de uma maneira diferente e positiva, pode ser um ponto de partida para uma (nova) condição de bem estar.

– Valorizar relacionamentos: momentos difíceis são naturais. Reconhecer e valorizar os relacionamentos que temos e mantê-los, expressar o que precisa ou solicitar apoio é importante. Pessoas com quem se pode contar como amigos e/ou a família proporcionam força e confiança.

– Adquirir hábitos saudáveis: ter um tempo para si, buscar realizar um exercício físico regularmente, iniciar aos poucos (movimentar o corpo faz bem integralmente), ler um bom livro e voltar-se a leitura quando puder, rever a alimentação, o que pode fazer com que a rotina tome um outro rumo com mais qualidade e disposição.

– Fortalecer a autoestima: acreditar em si, cuidar da autoimagem. Manter as habilidades que são boas e fortalecer as que podem melhorar. Ter planos realistas, respeitar o que sente. Escrever se preferir para registrar sentimentos é uma boa maneira de estar conectado ao autoconhecimento, o que é muito positivo.

– Controlar o estresse: desconfortos podem significar sementes de algo novo. Reestruturar pensamentos ou fatores internos que levam a alterar o estado emocional e contribuem ao estresse, fazer terapia, ter prática de lazer regular (atenção no que proporciona prazer e bem estar) e apreciar tal momento.

– Cultivar o otimismo: lembrar-se de situações adversas que foram superadas e como se superou. Problemas ainda surgirão e vai ser preciso enfrentá-los. Pensar com otimismo leva a ação, ao contrário pode paralisar. Não se culpar por aquilo que ocorreu da forma que não se esperava. A resiliência vem de encontro com:  buscar resolucionar algo a partir do que se tem.

Vamos lá e bons recursos!

Um abraço.

Saúde!

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