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Falta d’água em Blumenau evidencia problemas comuns e ausência de soluções por parte do SAMAE

No serviço público, geralmente há explicação para tudo, mas solução nem tanto. Diferente das enchentes em outubro, Blumenau sobre agora, há dias com falta d’água em diversas regiões . Moradores dos bairros Escola Agrícola, Velha Central e Velha Pequena entraram em contato com a Mesorregional e afirmam que desde a última sexta-feira (17) estão sofrendo com a ausência de abastecimento.

Um dos casos é no final da Rua Norberto Seara Heusi, no bairro Escola Agrícola, onde há anos a população relata problemas. A desculpa da vez é a alta turbidez do rio Itajaí-Açu, porém a comunidade do loteamento Ana Cristina nunca viu uma solução útil para sanar os constantes problemas com a falta de abastecimento , principalmente aos finais de semana. “Temos caixa para armazenamento, mesmo assim, a água chega acabar. Temos criança e precisamos usar para necessidades básicas e não tem”, relata Jessica dos Santos, do loteamento Ana Cristina.

Moradores do mesmo bairro, que fica próximo à Estação de Tratamento de Água (ETA III), relatam ausência de abastecimento nas ruas Engenheiro Weitnauer, Alfredo Roedel e Nicolau Reiter.

Além disso, as moradoras Juraci da Silva Cruz, Lorena Camargo e Daiane Florenço, gestante de 39 semanas, moradores do bairro Velha Central, também procuraram a Mesorregional para pedir ajuda pelo “descaso do SAMAE” de Blumenau, uma vez que desde o final de semana estão sem uma gota de água em suas torneiras. Elas residem nas vias transversais da rua Herman Barthel. “Eu fico indignado com essas situações, sempre as mesmas regiões que sofrem e não é só na época de enchente. Não temos água nem para beber, nem para tomar banho. Isso é uma vergonha! É toda semana, isso quando não é dia sim , dia não”, frisa Juraci da Cruz.

A situação não é diferente para Tatiana Cordeiro, que está em tratamento pós-cirúrgico e reside com sua família, incluindo crianças, da Rua José Reuter, no bairro Velha Pequena, onde a água também não está chegando. “Nesse calor, sensação abafada, eu passando por necessidade de saúde e nem mesmo para as necessidades domésticas a gente pode contar com a água”, desabafa Tatiana.

Dessa vez o diretor administrativo-financeiro, Henrique Carlini, explica que “o tratamento está sendo realizado da melhor forma apesar da turbidez. Estamos comprometidos em produzir a maior quantidade de água possível. Os reservatórios estão se recuperando, por isso, a população precisa entender a situação é se sensibilizar para usar água de forma adequada, pois o rio está com muita lama que dificulta o tratamento”.

Enquanto isso, a autarquia municipal segue sem um presidente. Já que houve um pedido de afastamento no presidente anterior, por conta de uma operação da Polícia Civil, em decorrência há uma investigação que apura favorecimento em licitação para roçada de terrenos do SAMAE de Blumenau.


Foto: Jefferson Santos / Mesorregional

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