IPCA de junho fecha em 0,24% e tem queda nos alimentos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — considerado o principal indicador da inflação oficial no Brasil — registrou alta de 0,24% em junho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (10). O índice representa uma leve desaceleração em relação ao mês de maio, quando ficou em 0,26%.

O principal destaque do mês foi a queda no grupo Alimentação e Bebidas, que recuou -0,18% após nove meses consecutivos de altas. Em maio, o grupo havia registrado alta de 0,17%. A alimentação no domicílio foi determinante para essa redução, caindo de 0,02% para -0,43%. Entre os itens que mais contribuíram estão: ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%). Por outro lado, o tomate apresentou aumento de 3,25%.
Já a alimentação fora do domicílio teve variação positiva de 0,46%, com lanches subindo de 0,51% para 0,58%, enquanto as refeições desaceleraram de 0,64% para 0,41%.
Entre os grupos com alta, o Transporte avançou 0,27% em junho, revertendo a queda de -0,37% em maio. Isso ocorreu apesar da redução nos preços dos combustíveis (-0,42%), sendo puxado pelas altas no transporte por aplicativo (13,77%), conserto de automóvel (1,03%) e táxi (0,64%), este último influenciado pelo reajuste de 8,71% nas tarifas em Belo Horizonte.
No grupo Habitação, a variação foi de 0,99%, com destaque para a energia elétrica residencial, que subiu 2,96% — sendo o subitem com maior impacto individual no mês, devido à bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. No acumulado do ano, a energia já registra aumento de 6,93%, maior alta para um primeiro semestre desde 2018.
Outros grupos mostraram estabilidade ou variações discretas, como Saúde (0,07%), Educação (0,05%), Comunicação (0,05%) e Artigos de residência (-0,25%). O grupo Vestuário subiu 0,75%, com destaque para roupa masculina (1,03%), calçados e acessórios (0,92%) e roupa feminina (0,44%).
No acumulado do ano, o IPCA está em 2,99%, com energia elétrica figurando como principal impacto individual (0,27 p.p.) no período.

Foto: Arquivo / Mesorregional