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Jornalista é assediada ao vivo e caso gera revolta e debates sobre o crime

Nesta quarta-feira (07), a jornalista Jéssica Dias, da ESPN, foi beijada sem a sua permissão enquanto fazia uma transmissão ao vivo sobre a cobertura do jogo entre Flamengo e o clube argentino Vélez Sarsfield. Assistindo ao vídeo, que foi exibido pelo SportCenter, dá para ver que a repórter ficou, extremamente, constrangida após o ato do torcedor, que estava com a camisa do Flamengo.

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No mesmo instante, os apresentadores Renato Rodrigues e Marcela Rafael, que estavam no estúdio, se manifestaram em solidariedade à Jéssica. Ambos demonstraram indignação sobre o caso e a defenderam ao vivo e depois em suas redes sociais.

Publicações do Twitter.

De acordo com a jornalista Isabelle Costa, o homem que assediou Jéssica, foi impedido de fugir pela própria equipe da ESPN que estava no local. Tanto ele como a repórter foram encaminhados para o Juizado Especial Criminal para prestar depoimento.

O que diz o Flamengo:

Usando as redes sociais, o Flamengo também se posicionou em apoio a jornalista. “O Clube de Regatas do Flamengo repudia o assédio cometido por um torcedor rubro-negro com a jornalista da ESPN Jéssica Dias durante reportagem antes da partida desta noite. É lamentável que atos repugnantes como este, que não representam a Nação Rubro-Negra, ainda aconteçam”, divulgaram no Twitter.

O que diz a Lei:

Importunação Sexual
O art. 215-A da Lei nº 13.718, especifica como importunação sexual o ato de praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro. Com pena de reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave.

Assédio Sexual
Segundo uma cartilha divulgada pelo Senado Federal, o assédio sexual é definido por lei como o ato de “constranger alguém, com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função” (Código Penal, art. 216-A).

Outras jornalistas que já passaram pela mesma situação. Fotos: Divulgação.
Essa não é a primeira vez:

Essa não é a primeira vez que uma jornalista é assediada enquanto trabalha. São inúmeros os casos e eles reacendem a importância de se falar sobre o assédio sexual, que muita vezes é tratado como algo banal. Em meio a manifestações de apoio à vítima, sempre existem aqueles que tentam abrandar a situação. Frases como: “É só beijinho” , “Tem alguma prova do assédio?” ou até mesmo “Prisão já é exagero”, preenchem alguns dos comentários nas redes sociais.

Veja o momento do assédio:

Foto: Divulgação/Reprodução.

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