O Desfile Militar foi para intimidar SIM!
A partir da última terça-feira, dia 10 de agosto, iniciou um treinamento militar na cidade de Formosa (GO), que já ocorre anualmente desde 1988. Entretanto, pela primeira vez na história, justamente na data em que ocorria a votação sobre o Voto Impresso na Câmara Federal, o comboio dos veículos usados no treinamento fez um desvio para passar por Brasília, mais precisamente pela Praça dos Três Poderes, sob o pretexto de entregar um Convite ao Presidente Jair Bolsonaro.
Se a intenção era realmente entregar um convite, talvez tenham acertado em fazê-lo pessoalmente, afinal, como notamos no caso das vacinas da Pfizer, o presidente Jair Bolsonaro não costuma ler prontamente e-mails que chegam em sua caixa de entrada. Entretanto, não é verdade que a entrega de tal convite já tenha sido agendada com meses de antecedência. Tal agendamento diz respeito unicamente ao treinamento em Formosa (GO), o comboio nunca havia passado por Brasília antes, até porque para fazê-lo precisaria percorrer quase 100 quilômetros a mais, uma vez que do Rio de Janeiro à Formosa (GO) são 1.169km, enquanto uma parada em Brasília, na Praça dos Três Poderes, aumentaria o percurso para 1.262km.
Foi um ensaio de Golpe sim, uma intimidação totalmente desnecessária, como também entendeu o Vice-Presidente Mourão. Não deu certo, o movimento só demonstrou que nosso exército está extremamente defasado e com equipamentos antiquados que mais soltam fumaça do que funcionam. Um grande desastre, noticiado ao mundo todo, globalizando a fragilidade da defesa bélica brasileira.
Quem acompanha a coluna sabe que defendo a adequação do voto impresso, entretanto não justifica a intimidação das instituições do Congresso Nacional e STF. Ora, afinal de contas, por que Bolsonaro está entregando tantos cargos ao chamado “Centrão”, se ele sequer posui maioria para aprovar um texto tão simples? Aliás, e o STF? Ainda não está adequado ao bolsonarismo, mesmo após o presidente atual ter indicado dois novos ministros titulares? Será mesmo que o problema está com tais instituições ou será que o problema, talvez, seja o comandante máximo do país?
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