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O roto e o rasgado: as manifestações desnecessárias do final de semana.

Confira mais um artigo do defensor público de Santa Catarina e colunista do Mesorregional, Ralf Guimarães Zimmer Júnior:

A pandemia mundial que nos assola como nunca antes, ao menos nos últimos 100 anos desde a gripe espanhola do milênio e século passado, a COVID-19, tem sido verdadeira tragédia diária dado o número expressivo de mortes, à beira de meio milhão já só no Brasil.

Neste interregno, as narrativas, que deveriam estar circunspectas às organizações de saúde, ganharam contornos políticos que nada ajudam para o combate deste vírus traiçoeiro e mortal.

Medicamentos que não antivirais, aplicados off label no desespero de se encontrar um caminho para mitigar as perdas de vidas humanas entrecruzam com as vacinas, lockdowns, isolamento social e uso de máscaras.

Equilibrar economia, perdas de emprego e a vida tem sido uma tarefa hercúlea mundo afora, em que não há receita de bolo para se encontrar uma equação cem por cento segura em nenhum dos cantos, ou bordas, do planeta.

Nessa panela de incertezas, certo grupo político, que se diz de direita, passou a ocupar constantemente às ruas nos finais de semana em pretenso apoio a pautas políticas, sob críticas severas do grupo político rival, e da grande mídia, acusados de aglomeração e propagação indevida do vírus da COVID-19.

Contudo, esse final de semana, o grupo antagonista, que se diz de esquerda, também foi às ruas “protestar”, pasmem, em plena pandemia, gerando também aglomerações indevidas que tanto diziam combater.

É o roto falando do rasgado, esse o retrato político do Brasil emaranhado em narrativas enquanto deveria estar unido para combater o inimigo comum: o vírus mortal.Das ist unglaubllich! (isso é inacreditável!), diria a Oma e o Opa!

Ralf Guimarães Zimmer Júnior

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