PF investiga esquemas de fraudes envolvendo o INSS

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (17/07), a Operação Fraus, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação, realizada em cinco cidades fluminenses – Rio de Janeiro, Armação de Búzios, Cabo Frio, São Gonçalo e Casimiro de Abreu –, cumpriu oito mandados de busca e apreensão expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
O grupo, que operava há mais de 10 anos, desviava recursos do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), voltado a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade. Segundo a PF, os investigados, incluindo servidores do INSS e correspondentes bancários, utilizavam acesso indevido a sistemas como o Meu INSS para manipular dados e fraudar benefícios. Durante as buscas, foram apreendidos R$ 74 mil em dinheiro, três veículos, armas de fogo, joias, celulares, computadores e documentos que reforçam as investigações.

O delegado Adriano Espindula Soares, chefe da PF em Macaé, destacou que o esquema era liderado por um indivíduo conhecido como Professor ou Rei do Benefício, responsável por ensinar técnicas de fraude. Em apenas seis meses de apuração, o prejuízo identificado supera R$ 1,6 milhão, mas estima-se que o total possa chegar a R$ 30 milhões. A PF identificou 415 requerimentos fraudulentos, muitos suspensos por falta de contas bancárias para saques.
A operação teve início a partir de um relatório da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), com apoio do Ministério da Previdência Social. A ação evidencia o impacto das fraudes no sistema do INSS, sobrecarregando-o e comprometendo recursos destinados a pessoas em vulnerabilidade.
Informações segundo o veículo de notícia, Agência Brasil.
Foto: Reprodução / Veículo de Comunicação Agência Brasil
