Segurança

Prefeitura de Blumenau afirma estar colaborando com as investigações na antiga SEURB e nega relação com a gestão atual

A Prefeitura de Blumenau divulgou uma nota na manhã desta quarta-feira (26) sobre a operação “Carga Oca”, que investiga um esquema que teria fraudado o fornecimento de macadame à antiga Secretaria Municipal de Conservação e Manutenção Urbana (SEURB) entre 2022 e 2024. A ação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em quatro cidades, resultou na apreensão de cerca de R$ 80 mil em dinheiro e 50 mil dólares, na suspensão de contratos com empresas investigadas, no afastamento de servidores e na prisão de um dos alvos após resistência.

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A administração afirmou que a operação apura possíveis fraudes ocorridas na SEURB. Porém, ressalta que “os fatos investigados não dizem respeito à atual gestão, que iniciou seus trabalhos em 2025.”

O município também reforça que está a disposição das autoridades responsáveis pela investigação, para ajudar com todas as informações possíveis. Por fim, a prefeitura afirma que a atual gestão, inclusive, já disponibilizou à Polícia Civil relatórios internos produzidos neste ano.

Confira a nota completa:

A Prefeitura de Blumenau informa que, conforme divulgado pelo Ministério Público, a operação em andamento apura possíveis fraudes ocorridas na Secretaria de Conservação e Manutenção Urbana (Seurb) entre 2022 e 2024. Assim, os fatos investigados não dizem respeito à atual gestão, que iniciou seus trabalhos em 2025.

A administração municipal reforça que está totalmente à disposição das autoridades, colaborando com transparência e fornecendo todas as informações necessárias para o avanço das investigações. A atual gestão, inclusive, já disponibilizou à Polícia Civil relatórios internos produzidos neste ano.

Operação Carga Oca

A investigação aponta a existência de uma associação criminosa entre empresários e servidores da SEURB, entre 2022 e 2024, para fraudar o fornecimento de macadame, material usado principalmente na construção de pavimentos. Auditorias externas e documentos analisados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) indicam simulação de entregasmanipulação de documentos e pagamentos irregulares envolvendo empresas e agentes públicos.

Entre os investigados estão um ex-gestor da secretaria, servidores municipais, funcionários de empresas e empresários locais. Há indícios também de ocultação de patrimônio por meio de terceiros e movimentações financeiras suspeitas. O prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa R$ 3 milhões.

Foto: MPSC/Divulgação

Como medida cautelar, foram suspensos os contratos administrativos entre o município de Blumenau e as empresas alvo da investigaçãoDois servidores públicos foram afastados de suas funções. As ordens judiciais foram cumpridas em residências de investigados, na antiga SEURB e em sedes de empresas investigadas situadas em Blumenau, Gaspar, Brusque e Pomerode.

Houve resistência armada por parte de um dos suspeitos, que acabou preso após intervenção dos policiais do GAECO. Ninguém ficou ferido.

O nome da operação faz referência à principal fraude identificada: caminhões registrados como transportadores de macadame que circulavam vazios ou sequer saíam do lugar, conforme mostram imagens de monitoramento urbano e documentos logísticos analisados pela investigação.

Segundo o MP, todos os materiais apreendidos serão encaminhados à Polícia Científica. As investigações seguem sob sigilo, e novas informações serão divulgadas quando houver publicidade dos autos.

Foto: Jefferson Santos/Mesorregional | MPSC/Divulgação

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