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Santa Catarina registrou mais de 40 mil agressões contra mulheres nos últimos 12 meses

No Brasil, a cada hora, 503 mulheres sofrem com algum tipo de agressão física, segundo pesquisa realizada no ano passa pelo Instituto Datafolha. O estudo, encomendado pelo Fórum de Segurança Pública divulgado hoje (8), foi feito com entrevistas presenciais em 130 municípios brasileiros. No total, 4,4 milhões de mulheres, o que correspondem a 9% da população acima de 16 anos, que relataram ter sido vítimas de socos, chutes, empurrões ou outra forma de violência.

Em Santa Catarina, os dados também não são diferentes, e são trágicos, já que de acordo com dados da Polícia Militar (PM), apenas nos últimos 12 meses mais de 40 mil mulheres foram vítimas de alguma forma de agressão física no estado.

Os dados do Datafolha revelam ainda que as agressões verbais e morais, como xingamentos e humilhações, atingiram 22% da população feminina. Ao longo do ano passado, 29% das mulheres passaram por algum tipo de violência, física ou moral. Entre as pretas (expressão usada pelo IBGE), o índice sobe para 32,5% e chega a 45% entre as jovens (de 16 a 24 anos).

Cerca de 4% – 1,9 milhão de mulheres foram vítimas de ameaças com armas de fogo ou com facas. Espancamentos e estrangulamentos vitimaram 3%, o que representa 1,4 milhão de mulheres, enquanto 257 mil, 1% do total, chegaram a ser baleadas.

A realidade é tão cruel que a cada três brasileiros, incluídos homens e mulheres, dois presenciaram algum tipo de agressão a mulheres em 2016, desde violência física direta, a assédio, ameaças e humilhações. O percentual é de 73% entre as pessoas pretas e 60% entre as brancas, sendo que a maior parte dos agressores são os cônjuges (namorados, maridos e companheiros) que aparecem como responsáveis pela violência em 19% dos casos. Os ex-companheiros representam 16% dos agressores.

A própria casa das vítimas recebeu o maior percentual de citações como local da violência (43%). Entre as mulheres entre 35 e 44 anos, 38% das agressões partiram dos namorados ou cônjuges. Um vídeo divulgado pela PM de Santa Catarina nas redes sociais relata como os chamados de socorro chegam até as Centrais Regionais de Emergência.

 

8 de março: data para relembrar a luta delas

Nos últimos 12 meses, em Santa Catarina, 41.940 mulheres foram vítimas de alguma forma de agressão física, uma média de 116,5 agressões por dia.A violência contra mulheres por razões de gênero é um fenômeno global, além de uma grave violação dos direitos humanos.Configura #ViolênciaDoméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial (artigo 5º da lei nº 11.340/2006 – Lei Maria da Penha).Embora, no Brasil, a violência seja um fenômeno reconhecidamente presente na vida de milhões de mulheres, não existem estatísticas sistemáticas e oficiais que apontem para a magnitude deste fenômeno, com exceção de alguns poucos estudos realizados por organizações não governamentais na área de violência doméstica. Informação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério da Justiça e Cidadania.A partir de 1975, a ONU oficializou o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, data criada com o objetivo relembrar as #Lutas sociais, políticas e econômicas das mulheres. Em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado também pelas Nações Unidas.Neste 8 de março a Polícia Militar reafirma seu compromisso de #defender todas as Rosas, Hortências, Margaridas, Joanas, Anas, Marias…#DiaInternaionalDaMulher #Pare #Pense #Reflita #Denuncie #Emergência190 #PMSC #ApoieQuemTeProtege #DiaDaMulher #InternationalWomensDay

Publicado por Polícia Militar de Santa Catarina em Quarta, 8 de março de 2017

 

Um outro dado preocupante é que sobre as reações após a violência, 52% das brasileiras vítimas de agressão disseram não ter feito nada após os atos violentos, sendo que 13% procuraram ajuda da família, 12% buscaram apoio de amigos e 11% procuraram uma delegacia da mulher. Entre as mais jovens (16 a 24 anos), o índice das que não fizeram nada após a agressão é de 59%.

O assédio atingiu 40% das mulheres em 2016. Entre as mais jovens (16 a 24 anos), o percentual chega a 70%, sendo que 68% ouviram comentários desrespeitosos quando estavam na rua. O índice é de 52% entre a população feminina entre 25 e 34 anos. Nesse grupo, 47% foram assediados na rua, 19% no ambiente de trabalho e 15% no transporte público.

 

*Com informações da Agência Brasil
Foto: Juca Varella / Fotos Públicas

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