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Terrorista da Nova Zelândia criticou o Brasil através de manifesto

Um manifesto deixado por Brenton Tarrant – terrorista que protagonizou o ataque contra duas mesquitas de Christchurch, a maior Ilha do Sul, da Nova Zelândia, onde vivem cerca de 400 mil pessoas – faz uma menção ao Brasil, em um capítulo chamado “Diversidade é fraqueza”, no qual ele critica nações abertas a outras culturas e miscigenadas.

Com total ignorância, desconhecimento e descabimento o terrorista que promoveu afirma que “o Brasil, com toda a sua diversidade racial, está completamente dividido como nação, onde as pessoas não se dão umas com as outras e se separam e segregam sempre que possível”, escreveu ele.

No total a manifestação publicada por pelo australiano de 28 anos, possui 74 páginas e é dedicado à defesa da “supremacia branca” e aos ataques contra o Islã. O terrorista, racista, preconceituoso e xenofóbico, se inspirou no norueguês Anders Breivik, autor de um massacre com 77 mortos em Oslo e Utoya, em julho de 2011, e que também deixou um documento com sua ideologia.

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O texto escrito por Tarrant se chama “A grande substituição”, em referência a um livro do francês Renaud Camus, que defende a ideia de que a maioria branca da Europa está sendo substituída por imigrantes africanos, como se isso fosse um problema…

O terrorista também citou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um “símbolo da identidade branca renovada” e admite que seu objetivo com o atentado de Christchurch era criar uma “atmosfera de medo” e “incitar a violência” contra imigrantes.

Manifesto foi enviado via e-mail a premier da Nova Zelândia

Tarrant enviou à primeira-ministra Jacinda Ardern uma cópia de seu manifesto minutos antes de cometer o ataque que deixou 49 mortos e 48 feridos. O envio foi através do endereço eletrônico do gabinete da premier.

A mensagem foi remetida por um endereço de e-mail “genérico” e as autoridades não chegaram a ver o conteúdo antes do ataque covarde e totalmente violento.

O maníaco chegou a transmitir ao vivo, via redes sociais, seus disparos dentro das mesquitas. Ele deixou um manifesto justificando suas ações, no qual defende a extrema-direita e a supremacia branca.

Ele e outras três pessoas foram presas. Brenton ficará preso sob acusação de assassinato, pelo mens até 5 de abril, quando haverá uma nova audiência do Tribunal Distrital de Christchurch. Um dos presos á foi liberado. Nenhum dos suspeitos possuía passagens pela polícia ou era investigado por ligações com o terrorismo.

Hoje (16) ele permaneceu calado durante a apresentação na corte, com seu advogado apontado pelo Estado, não solicitando nem fiança, nem que permanecesse anônimo. Logo que ingressou na sala, o atirador fez um gesto em referência aos supremacistas.

A autoridades da Nova Zelândia começaram a identificar as primeiras vítimas do maior massacre do país. Entre os 49 mortos, há quatro cidadãos do Egito, três da Jordânia, um afegão e um sírio. 

Jacinta Ardern quer restringir armas no país

A primeira-ministra Jacinda Ardern anunciou que apresentará propostas para mudar a legislação nacional sobre armas. Num pronunciamento à imprensa na manhã deste sábado (16), pelo horário local, Ardern confirmou que o “principal perpetrador” do atentado, provavelmente o supremacista branco Brenton Tarrant, usou cinco armas, incluindo um fuzil semiautomático.

Segundo a premier, o terrorista tinha licença para posse de armamentos. Ela disse que as leis sobre acesso a armas no país “vão mudar”, porém não especificou quais alterações pretende implantar.

Foto: Reprodução / Internet

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