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Uma delegacia fechada e um bêbado de volta pra casa

A estrutura da Polícia Civil de Blumenau é tão precária, que o delegado regional da cidade, Isomar Amorim, sequer atende a imprensa. Como ele não respondeu as nossas mensagens, não se sabe por este veículo de comunicação, os reais motivos que levaram a Central de Plantão Policial (CPP) estar fechada no início da madrugada desta segunda-feira (08), quando agentes da Guarda Municipal de Trânsito levaram um bêbado flagrado na condução de um veículo automotor. O Mesorregional fez contato com o delegado coordenador da CPP, mas ele preferiu não se manifestar sobre essa situação.

O relato desse tipo de situação é raro, porém o da demora no atendimento e confecção dos Altos de Prisões em Flagrantes (APF) é contínuo. Tanto policiais militares, quanto rodoviários e agentes de trânsito comentam ser frequentes as situações em que equipes aguarda três, quatro, cinco e até mais horas na Delegacia até que os APFs sejam efetuados.

A direção da Guarda Municipal de Trânsito (GMT), enviou um ofício para a Polícia Civil. “Esse tipo de situação compete mais ao delegado regional do que a nós, a respeito dessa situação que ocorreu, até mesmo por que pode ter ocorrido uma emergência, mas obviamente a gente se sente mal nessa prestação de serviço, quando não conseguimos concluir ou quando concluímos a um tempo muito excessivo, o efetivo deles realmente deve ser curto.” comenta Jailson Rogério Cândido, diretor da GMT.

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“Não sabemos exatamente os motivos, mas é comum casos em que nossas guarnições esperarem 3h a 4h para realizar um flagrante. Já tivemos registro de aguardar até mais tempo que isso.” comenta o relações públicas do 10º Batalhão da Polícia Militar, tenente Nícolas Vasconcelos.

O Mesorregional já flagrou e narrou até mesmo ao vivo, situações em que policiais rodoviários deixaram de conduzir autores de crimes de trânsito, justificando justamente a demora no atendimento na CPP, ou seja, bêbado ao volante, que causou vítima, saiu praticamente impune do crime que cometeu. Fizemos contato com a Assessoria de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal que respondeu que a instituição não se manifestará publicamente sobre esse tipo de situação.

Alguns policiais comentam em off que quando chegam na delegacia, uma boa parte das vezes não há delegado de plantão presente e demoram horas pra chegar. “Enquanto isso, permanecemos com o preso muitas vezes dentro da viatura e o nosso setor fica desguarnecido. Quando é ocorrência de violência doméstica é pior ainda. Chegamos lá com as mulheres vítimas, geralmente agredidas e desoladas e não há um ambiente adequado pra elas aguardarem, sendo necessário elas ficarem esperando na recepção, cara a cara com autor das agressões, numa situação humilhante.” desabafa um policial que preferiu não se identificar.

Foto: Divulgação / GMT

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