Vídeo registra momento que juiz federal Eduardo Appio furta champanhe em supermercado de Blumenau
Um episódio envolvendo o juiz federal Eduardo Appio, ex-responsável pela Operação Lava-Jato, ganhou repercussão nacional após a divulgação de novas informações publicadas pela revista Veja. Appio é acusado por um supermercado de Blumenau de tentar furtar garrafas de champanhe francês, avaliadas em R$ 399 cada, em ao menos três ocasiões ocorridas entre setembro e outubro deste ano.
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Segundo o boletim de ocorrência citado pela publicação, a primeira situação foi registrada no dia 20 de setembro, quando o magistrado teria ocultado conscientemente uma garrafa de bebida em uma sacola de compras. O mesmo comportamento teria se repetido nos dias 4 e 18 de outubro. Imagens de câmeras de segurança do último episódio mostram o homem caminhando pela seção de utensílios de cozinha, circulando em frente à gôndola de bebidas alcoólicas e, em seguida, colocando uma garrafa de Moët & Chandon na sacola antes de tentar deixar o estabelecimento.
Appio foi abordado por seguranças antes de chegar ao estacionamento e conduzido a uma sala interna do supermercado. No local, ele apresentou a nota fiscal das compras do dia, sem o registro de pagamento da bebida. O juiz teria tentado quitar o valor após a abordagem, mas o caso já havia sido comunicado à Polícia Civil. O supermercado também o apontou como reincidente em furtos semelhantes.
Confira o vídeo obtido pela Veja:
A Polícia Civil encaminhou o boletim de ocorrência e informações sobre o caso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o que resultou na abertura de um procedimento administrativo disciplinar. O processo pode culminar em aposentadoria compulsória do magistrado, conforme interlocutores ouvidos pela revista.
Em resposta à Veja, Eduardo Appio negou qualquer tentativa de furto. Ele afirmou que pagou por três garrafas da bebida e alegou que o caso foi politizado. O juiz também questionou a autenticidade das imagens, dizendo que os vídeos teriam sido manipulados, e citou suposta motivação política por parte das autoridades envolvidas.
Eduardo Appio foi afastado de suas funções em uma vara previdenciária após o episódio e responde ao procedimento por suposta violação da norma que exige dos juízes conduta irrepreensível na vida pública e privada. Em 2023, ele já havia deixado a 13ª Vara Federal de Curitiba após outra controvérsia, quando foi acusado de se passar por outra pessoa para apurar informações relacionadas ao ex-juiz Sergio Moro, caso que terminou em acordo administrativo.
Foto: Reprodução/TRF-4
