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Lula nomeia Guilherme Boulos ministro para articulação com movimentos sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (20) a nomeação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. A escolha marca a 13ª mudança no primeiro escalão do governo desde o início do atual mandato, em 2023.

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Com a nomeação, Boulos passa a integrar o núcleo central do governo, sendo responsável pela articulação do Palácio do Planalto com os movimentos sociais. Ele substitui o petista Márcio Macêdo, ex-tesoureiro da campanha presidencial de 2022, que deixou o cargo após meses de especulações internas sobre sua saída.

A mudança ocorre a menos de um ano das eleições de 2026 e simboliza uma guinada à esquerda na composição política do governo, especialmente após o afastamento de parte do Centrão da base aliada. A missão de Boulos será reaproximar o Planalto de setores populares e movimentos sociais que têm se distanciado do PT e da esquerda nos últimos anos.

Derrotado na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024, o parlamentar aceitou o convite com o compromisso de não concorrer à reeleição na Câmara em 2026. No novo cargo, ele terá gabinete no quarto andar do Palácio do Planalto, área próxima ao gabinete presidencial.

A troca reflete uma tentativa de reorganização política interna e de reconstrução da base social do governo em meio a desafios de aprovação popular e de articulação com o Congresso.

Nas últimas eleições um pequeno desentendimento entre Boulos e Pablo Marçal, que também concorreu á Prefeitura de São Paulo, repercutiu uma cena em que o esquerdista tentou arrancar uma Carteira de Trabalho e de Previdência Social (CTPS) da mão de Marçal que mostrou o documento para Boulos de forma provocativa. Apesar de conseguir o “emprego” de ministro, o cargo não garante uma anotação na sua CTPS pois assim como os cargos eletivos, o cargo de ministro não gera vínculo empregatício sob as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Portanto, não há anotação na Carteira de Trabalho, seja ela física ou digital. 

Foto: Divulgação / Roberto Parizotti (Arquivo)

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