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A Oktoberfest de Blumenau não tem cor. Prefeito pede respeito e solidariedade à população para evitar outros casos de racismo

Neste fim de semana – o primeiro da festa -, um episódio deplorável aconteceu envolvendo a Oktoberfest Blumenau. A enteada de um servidor da prefeitura do município, postou um vídeo em que os dois apareciam trajados para a festa. Entretanto, uma postagem que tinha como finalidade mostrar um momento em família, acabou gerando atos preconceituosos. Acontece que o vídeo foi bombardeado por comentários preconceituosos como: “achei que so ia brancokkk”, “algo de errado não está certo”, “Tbm tá tendo aí na Bahia?!” e “erraram a cor”.

Prefeitura de Blumenau
A Prefeitura de Blumenau, o prefeito Mário Hildebrandt e a vice-prefeita Maria Regina Soar, se manifestaram em suas redes sociais oficiais sobre o caso. A frase: “A Oktoberfest de Blumenau não tem cor”, foi amplamente divulgada, mostrando para à população que atos como esse, não serão tolerados e aceitos na festa. No vídeo divulgado nas redes sociais de Hildebrandt, ele aparece ao lado do servidor, Márcio José Correa, e sua enteada, Penélope, os quais foram alvos dos comentários e junto de sua filha Ester, que também já sofreu pelo mesmo motivo. Mário pede respeito e solidariedade à população para evitar outros casos de racismo e finaliza dizendo que a festa é feita por todos e para todos.

Em sua publicação ele ainda reitera: “Todos são bem-vindos e a mistura de raças e cores é o que torna nossa festa e nossa Cidade ainda mais bonita! Não ao preconceito, não ao racismo e sim a tradição, a cultura, a festa, a alegria e ao retorno da nossa amada Oktoberfest”.

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O que diz o artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal?
Injúria Racial é ofender alguém com base em sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência. A pena pode chegar a três anos de reclusão.

Já os casos de conduta discriminatória ou segregacionista dirigidos a um determinado grupo, podem ser enquadrados na Lei 7.716, de 1989, que prevê multa e prisão de até cinco anos, dependendo da gravidade do ato cometido.

Discriminação pela internet
A organização Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos (Safernet), desenvolveu um sistema automatizado para registrar denúncias, que permite ao internauta acompanhar, cada passo do andamento das ocorrências. Em dez anos, a Safernet recebeu 525.311 denúncias anônimas de racismo envolvendo 81.732 páginas distintas.

Racismo na Alemanha
Os negros que vivem no país europeu também sofrem com racismo e discriminação. Uma pesquisa realizada por um grupo comunitário negro baseado em Berlim, chamado Each One Teach One em conjunto com o Citizens for Europe, levantou que existem mais de 1 milhão de pessoas que vivem na Alemanha com origem africana.

Foram entrevistadas cerca de 6.000 pessoas entre julho e setembro de 2020. O levantamento também mostrou que a comunidade negra da Alemanha foi particularmente afetada pelos efeitos econômicos da pandemia. Quase um em cada sete entrevistados disse que perdeu o emprego devido à crise.

Fontes: Bloomberg Businessweek, guiadoestudante.abril.com.br/, planalto.gov.br/, redes sociais da Prefeitura de Blumenau e do prefeito Mário Hildebrandt.

Foto: Reprodução/Rede Social.

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