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Bolsonaro compartilha texto no Twitter com acusação falsa contra jornalista

A atividade sistemática da tentativa de descredibilização da imprensa não é uma exclusividade do governo de Jair Bolsonaro, tão pouco uma criação sua. A estratégia também era usada no governo petista, sobretudo quando surgiam a divulgação de investigações no início da Operação Lava Jato. Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, também ataca veementemente a imprensa e até mandou prender jornalistas (que mostram a verdade sobre a situação caótica de seu país), inclusive estrangeiros, recentemente.

A expressão “fake news” (notícia falsa) se repete constantemente nos discursos de Donald Trump, apenas quando o seu nome é envolvido em assuntos embaraços, algo sequer criativo da finalidade de ofender as bases da liberdade de expressão e da democracia, instituída pela Constituição Federal no caso do Brasil. Aliás, Trump já chegou a usar contra a imprensa a expressão “inimigo do povo”, usada por líderes comunistas e fascistas do século passado.

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A imprensa, que se mantém e sempre se manterá viva em nações democráticas sempre teve e terá papel fundamental na sociedade. É através das ondas da internet (na atualidade), dos rádios, das TV’s e das folhas dos jornais que a população acaba tendo conhecimento dos maiores descasos cometidos por eles, políticos. Foi a através da imprensa que o mundo conheceu a traquinagem da Máfia Italiana, que sabemos que Cesare Battisti refugiado no Brasil até poucos dias é um terrorista/assassino e que o Planeta tem ciência do maior caso de corrupção da história, registrada aqui em nosso país.

Os políticos são quem hoje colocados num mesmo patamar. São eles os desacreditados pela maioria. É o Congresso e o Palácio do Planalto que possuem cadeiras e canetas utilizadas por pessoas com poder de surpreender e/ou decepcionar uma nação e a segunda opção é o que tem sido regra base e essas decepções são anunciadas dioturnamente pelos mais diversos meios de comunicação. A estratégia do ataque à imprensa é a tentativa de igualar jornalistas aos políticos. Sabemos nós que em todo meio há profissionais que envergonham a classe, quiçá no meio político…

Ontem (10) o atual presidente da República Federativa do Brasil, postou em seu Twitter mais uma “bobagem”. Um ataque infantil, vexatório e mentiroso contra a jornalista Constança Rezende, do jornal O Estado de São Paulo (Estadão) que cobriu o caso de movimentações financeira suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-motorista do senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro. Caso que vem sendo investigado pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário.

Bolsonaro utilizou-se justamente de algo falacioso inserido pelo site Terça Livre, repleto de ativistas conservadores e simpatizantes do atual presidente, que produziu um texto, que falsamente atribui à repórter Rezende a declaração “a intenção é arruinar Flávio e o governo”, na conversa gravada com um jornalista francês, quando na verdade a conversa – que ocorre em inglês e teve apenas trechos selecionados divulgados – a repórter avalia que “o caso pode comprometer” e “está arruinando Bolsonaro”, mas m nenhum momento relaciona seu trabalho a nenhuma intenção nesse sentido.

O conteúdo difamatório contra jornalistas é de fato uma prática conhecida. Pega-se uma base real e se distorce o conteúdo com o objetivo de fazer com que a imprensa fique desacreditada pela população, já que é um órgão que o governo não consegue controlar através do podre sistema político. É notório que existe um desafio de encontrar conteúdos difamatórios atribuídos a imprensa que não seja “chapa branca”. A campanha contra o jornalismo com apoio explícito do presidente da República tem ficado cada vez mais disforme, talvez seria melhor deixar tais coisas de lado e inicializar feitos de um bom governo, se pensar em gestão e deixar as picuinhas numa caixinha biodegradável.

Foto: Carolina Antunes / PR

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