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Cinco detentos são condenados por matarem outro preso na Unidade Prisional Avançada de Brusque

Em um julgamento que durou mais de 20 horas, o Conselho de Sentença de Brusque acolheu a tese do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e cinco detentos foram condenados pela morte de outro preso em uma cela da Unidade Prisional Avançada no município. Segundo a denúncia da Promotora de Justiça Susana Perin Carnaúba, da 4ª Promotoria de Justiça da comarca, os réus cometeram o crime enforcando o preso com uma corda improvisada, feita de lençol.  O modo de agir foi para que a causa da morte fosse deduzida como um suicídio. A razão do homicídio, segundo a ação penal do MPSC, seria a suspeita de que a vítima teria delatado um plano de fuga e a entrada de drogas na unidade. A condenação dos cinco réus ocorreu na última sexta-feira (27/10).  

Assim, pela morte de Alex Bruno Pereira, o Tribunal do Júri impôs a condenação de Ademir Rosa a 27 anos e oito meses de reclusão em regime fechado e oito meses de detenção em regime semiaberto, por homicídio com as qualificadoras de motivo fútil, mediante asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele foi condenado, ainda, por participação em organização criminosa, fraude processual e coação no curso do processo. O réu teve a pena majorada por maus antecedentes e por múltiplas reincidências.  

Pelos mesmos crimes e qualificadoras, o réu Valdir de Oliveira foi sentenciado a 29 anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado, e oito meses de detenção em regime semiaberto. O Juízo majorou a pena do réu por este já ter condenação por roubo, falsa identidade e reincidência.    

Já Vitor Fernando Zimermann foi condenado a 24 anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, e mais sete meses de detenção em regime semiaberto pelo crime de homicídio, com as mesmas qualificadoras da condenação de Ademir e Valdir, por participação em organização criminosa e fraude processual. Ele já registra antecedentes criminais.   

Pela condenação imposta pelo Conselho de Sentença, Edson Galvão Reis foi condenado a 22 anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, e seis meses de detenção em regime semiaberto, pelos mesmos crimes cometidos por Vitor.   

O quinto integrante do grupo, Tierre Santos de Sousa, foi condenado a 26 anos de reclusão em regime fechado e oito meses de detenção em regime semiaberto. O réu foi sentenciado por homicídio com as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, por participação em organização criminosa e fraude processual.  Segundo consta na decisão, ele era tido como “disciplina geral” da facção na unidade prisional. 

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