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Com direitos infringidos, familiares protestam por questões básicas em unidades prisionais de Blumenau

É indiscutível: a pandemia trouxe danos e causou distanciamento para todos da sociedade. Para os detentos e familiares de educandos do sistema prisional não foi diferente, mas atualmente isso mudou, porque apesar do maior número das atividades terem retomado, as visitas e entrega de itens de necessidades básicas continuam restringidas nas unidades prisionais de Santa Catarina.

A Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) afirmou ao Mesorregional que “deverá anunciar nos próximos dias novas flexibilizações nas regras sanitárias, principalmente no que tange à visitação nos sistemas prisional e socioeducativo.” Mas não deu detalhes sobre outras situações, como a entrega de itens de higiene pessoal, pecúlio e até mesmo alimentação.

A SAP se restringiu em afirmar que todas as regras são definidas através de reuniões técnicas de “reavaliação dos protocolos de retomada das atividades no âmbito da SAP, com representantes da Central Covid, Sala de Situação e Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes)” do Governo do Estado e houve sinalização de retomada de algumas rotinas, na reunião da última sexta-feira (19).

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A Secretaria ainda afirma que diversas questões estão restritas há 18 meses, justamente em função da pandemia. “A retomada de diversas rotinas, nas unidades prisionais e socioeducativas, está sendo viabilizada em função do avanço da vacinação contra Covid-19 e consequente queda nos índices de contaminação e de mortes.” Afirmou em nota.

A secretaria não explicou os motivos de familiares não poderem realizar depósitos no pecúlio para presos e tão pouco porque o gerente do Presídio regional de Blumenau (PRB), Rafael Darey Wust Gislon e o Diretor da Penitenciária Industrial da cidade, Fernando Rauber, não atendem familiares dos presos, motivo pelo qual foi realizada manifestação em frente ao PRB nesta segunda-feira (22).

Elas reclamam que necessidades básicas dos presos não estão sendo atendidas, como atendimento à saúde, alimentação, e que mais uma vez visitas são canceladas sem aviso prévio e sem motivo justo, lembrando que as visitas ocorrem apenas por parlatório, ou seja, sem contato físico com os detentos.

Foto: Jefferson Santos / Mesorregional

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