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Desigualdade social ainda reina na América Latina

O problema da desigualdade é o denominador comum nos países latino-americanos, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2016, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em março passado.

Chile, em 38º lugar, e Argentina, em 45º, são as únicas nações latino-americanas que possuem índices de desenvolvimento “muito altos”. Boa parte das nações da região aparece no escalão de IDH “alto”, incluindo Uruguai (54º), Panamá (60º), Costa Rica (66º), Cuba (68º), Venezuela (71º), México (77º), Brasil (79º), Peru (87º), Equador (89º), Colômbia (95º) e República Dominicana (99º). Mais abaixo, com IDH “médio”, estão Paraguai (110º), El Salvador (117º), Bolívia (118º), Nicarágua (124º), Guatemala (125º) e Honduras (130º). O que tem pior colocação na região é o Haiti, único com desenvolvimento humano “baixo”, em 163º lugar.

O Relatório de Desenvolvimento Humano de 2016 foi tema de uma apresentação de seu responsável, Jon Hall, na Universidade de Palermo, em Buenos Aires, no último dia 7 de junho. Durante sua exposição para estudantes e acadêmicos argentinos, ele alertou que quase todos os países latino-americanos perdem posições na lista do IDH quando o ranking é ajustado pela desigualdade social. O Chile, por exemplo, despenca 12 lugares, assim como o México. Já o Brasil cai 11, a Argentina, seis, e o Panamá, 19.

Contabilizando todas as nações da região, o IDH da América Latina e do Caribe se reduz em quase 25% quando a desigualdade é levada em conta, de acordo com o Pnud.

Em junho de 2016, o órgão já havia alertado em um relatório que entre 25 milhões e 30 milhões de pessoas que vivem em nações latino-americanas correm o risco de voltar a viver na miséria nos próximos anos caso não haja uma mudança nas políticas públicas da região.

 

Fonte:
Foto: Marcello Casal Jr. / ABr (Arquivo)

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