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Eleições 2018 em Santa Catarina e o futuro de Blumenau e do Vale do Itajaí

A região de Blumenau elegeu pela última vez um representante no governo do estado em 1990. O então prefeito blumenauense Vilson Kleinubing se elegeu governador de Santa Catarina, e a partir dali nossa cidade viu um salto de desenvolvimento. Isso demonstra a importância da eleição de alguém do Vale do Itajaí para o governo do estado.

Blumenau viveu de lá para cá uma ansiedade atrás desse espaço novamente. A cidade e sua gente vez ou reclamava da falta de representação política, da falta de peso político no centro do poder catarinense. Muitas demandas muitas vezes foram deixadas de lado. Apesar de alguns lances, como por exemplo a presença de João Paulo Kleinübing na Secretaria de Estado da Saúde, que possibilitou redobrada no recurso mensal de custeio do Hospital Santo Antônio, a vinda do Arcanjo 03, e investimentos milionários no Hospital Santa Isabel e Misericórdia do bairro Vila Itoupava.

Ainda tem sido pouco, pois há falta de policiais, de obras essenciais de infraestrutura, a valorização de nossa indústria é carente… Tudo isso sempre foi deixado de lado de 1994 para cá quando o assunto envolvia o governo Estadual. A ânsia do Médio Vale do Itajaí por estar no centro de decisões do governo do estado, em especial Blumenau, que os últimos três prefeitos, lutaram, cada um em seus partidos e a sua maneira, buscar esse espaço.

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Durante todo o primeiro turno, os blumenauenses em sua grande maioria acreditavam que teríamos um representante no governo de Santa Catarina. Décio Lima disputava o governo pelo PT, e Napoleão Bernardes (PSDB) e João Paulo Kleinübing (DEM) como candidatos a vice-governador em suas respectivas chapas. Agora chegou o segundo turno, e a região corre um risco sério de ficar sem seu representante, engolidos por uma onda que no Brasil é clara, e visa tirar do PT a possibilidade de voltar a governar o Brasil, em Santa Catarina levou para segundo turno um cidadão de Tubarão, Comandante Moisés (PSL), que pouco sabemos mais do que ele é do mesmo partido de Bolsonaro.

Não há motivos para desmerecer o mérito de Moisés, que tem se demonstrado ser uma boa pessoa, apesar de sua falta de experiência. O que cabe agora é que o eleitor do Vale reflita sobre a oportunidade que bate em sua porta. Nesse segundo turno só uma das chapas tem um representante da região na disputa.

Esse texto não foi escrito para ser a favor de Kleinübing, mas para haver posicionamento a favor do Vale do Itajaí. É fato que alguém de umas das principais regiões do estado, que administrou Blumenau durante 8 anos, que conhece de perto nosso problema com as cheias, visto o que ele enfrentou em 2008. Que sabe como os apoios fiscais as indústrias têxteis geram milhares de empregos para a sua gente. Que conhece a importância da construção do contorno viário de Gaspar. Que sabe muito bem o caos da BR-470.

É indiscutível que no pleito está um cidadão com sua história e raiz em Blumenau, conhece muito bem a importância do alongamento da Via Expressa, o término da Margem Esquerda, obras inclusive que já tiveram participação dele quando prefeito. No primeiro turno houve três oportunidades se ter alguém lá, agora há apenas uma.

A indagação que fica é: a população do Vale irá perder essa oportunidade? O futuro do desenvolvendo passa sempre pela representação política. A região perdeu um senador e ainda ficou sem deputados federais, e pode perder a chance de ter um vice-governador. Blumenau e o Vale precisam ser ainda mais fortes para que as demandas sejam vistas com mais prioridade.

 

Foto: Reprodução

 

 

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