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Estados Unidos ataca base militar aérea da Síria com mais de 50 mísseis

Os Estados Unidos atacaram uma base militar da Síria na noite desta quinta-feira (7), com lançamento de ao menos 50 mísseis, em um intervalo de poucos minutos. A base aérea do regime de Bashar Al-Assad recebeu os disparos em forma de resposta ao ataque com armas químicas na província de Idlib. Esse ataque foi diretamente contra o regime sírio e representam uma mudança na política externa do governo do novo presidente Donald Trump, além de ser a ordem militar mais dura emitida pelo magnata desde que tomou posse, em janeiro.

Os mísseis disparados são do tipo “Tomahawk“, de médio alcance e invisíveis a radares, e partiram de dois navios norte-americanos no Mar Mediterrâneo. Apesar de Trump ter feito comentários sobre a guerra civil local e terem se intensificado nos últimos dias ele não anunciou nenhum ataque contra ao país que ter uma interferência considerável dos terroristas do Estado Islâmico.

No discurso em que justificou o ataque com mísseis contra o território sírio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que as “nações civilizadas” se juntem à ação militar. “Convoco todas as nações civilizadas a se juntarem a nós e perseguirem o fim da matança e do derramamento de sangue na Síria e também acabar com todas as formas de terrorismo”, disse Trump em discurso em sua residência em Mar-a-lago.

O Pentágono informou que as forças russas que atuam na Síria foram comunicadas sobre o ataque dos mísseis lançados com antecedência e que setores da base onde havia russos foram evitados e não foram atingidos.

 

Histórico

A guerra civil na Síria começou há seis anos como um levante pacífico contra o governo de Assad e inspirado na Primavera Árabe. Sob a gestão de Barack Obama, os EUA apoiaram os rebeldes e pediram a saída de Assad do poder. No entanto, o líder sírio recebeu apoio de outros países, como a Rússia, e conseguiu se manter, lutando militarmente contra as milícias opositoras.

O regime foi acusado várias vezes de usar armas químicas contra civis e rebeldes. Na última terça-feira, um ataque químico contra uma região controlada por rebeldes matou ao menos 80 pessoas, entre elas 27 crianças. Em um pronunciamento, Trump disse que se tratava de “uma afronta à humanidade”.

 

Foto: Mass Communication Specialist 3rd Class Ford Williams / Released

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