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Ex-superintendente de gestão administrativa da Saúde denuncia envolvimento de secretários na compra de respiradores “fantasmas”

A servidora afastada da Secretaria de Estado da Saúde, Marcia Geremias Pauli, que segundo o governo de Santa Catarina, seria a pessoa responsável pela polêmica compra dos 200 respiradores mecânicos da empresa Veigamed por R$ 33 milhões, que foram pagos antes da entrega e que até o momento não foram entregues.

Pauli concedeu uma entrevista exclusiva nesta terça-feira (05) ao Balanço Geral, da ND TV e ao repórter Eduardo Cristofoli, afirmou que a compra passou pela análise não apenas da Secretaria de Saúde, mas também pelas mãos do secretário Douglas Borba, da Secretaria da Casa Civil. Além disso informou que “Este processo não durou apenas 5h como foi dito. Ele começou em 22 de março, com a apresentação da proposta, e o pagamento se deu em 2 de abril. Então o tempo foi muito grande.”

Douglas Borba (esquerda) e Helton Zeferino (direita), Foto: Mauricio Vieira / Secom

Se o processo realmente levou todos esses dias para análise e passou por duas secretarias, o Estado tem ainda mais o que se explicar, já que até mesmo o endereço da Vegamed não confere com a documentação apresentada, além de uma séria de situações apresentadas pela reportagem do site The Intercept Brasil, que divulgou primeiramente os enroscos da compra.

Na entrevista a ND TV, Marcia acusou que o ex-secretário da Saúde, Helton de Souza Zeferino negociou valores e enfatizou que ele “não falou a verdade” ao informar que não teria envolvimento com a compra. No boletim de ontem (05) o ex-secretário foi bastante elogiado pelo governador Carlos Moisés da Silva, que tem fugido de tocar no assunto, delegando seus subordinados para tecer explicações, como o chefe da Casa Civil, Douglas Borba, o secretário da Administração Jorge Tasca e o procurador-geral do Estado, Alisson de Souza que concederam uma entrevista coletiva no fim da tarde desta terça-feira.

https://youtu.be/xg8pbGDCAZ4
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