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Fenômeno El Niño e suas implicações no clima catarinense devem percorrer até final de março

A Secretaria de Proteção e Defesa Civil divulgou um alerta sobre o comportamento contínuo do fenômeno El Niño, prevendo influências marcantes durante o verão na região Sul do Brasil. Janeiro, fevereiro e março devem registrar chuvas dentro ou abaixo da média, dependendo da localidade do estado. Já as temperaturas tendem a ficar acima da média ao longo desse trimestre.

O meteorologista-chefe da Secretaria, Felipe Theodorovitz, destaca que a entrada do outono, prevista para março e abril, trará consigo a chegada de frentes frias e massas de ar mais geladas. Essa transição deve resultar na queda das temperaturas, culminando em um outono e inverno com a presença mais frequente dessas massas de ar frio.

El Niño e La Niña são fenômenos globais com impactos significativos em várias regiões do mundo. Esses fenômenos alteram os padrões de temperatura e chuva. Enquanto o El Niño aquece as águas do Oceano Pacífico Equatorial e afeta os ventos na atmosfera, a La Niña causa o resfriamento dessas águas e uma alteração similar nos padrões de vento. Em Santa Catarina, a tendência é de menor frequência e intensidade de chuvas, levando a períodos mais longos de estiagem.

Nos últimos anos, a La Niña influenciou um longo período de estiagem entre 2019 e início de 2023, especialmente no Oeste Catarinense. Durante o ano de 2023, houve uma transição para a neutralidade oceânica, mas a partir de junho e julho, o aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial trouxe de volta a influência do El Niño. Isso se manifestou com grandes volumes de chuva em outubro e novembro, representando quase dois meses de precipitações intensas em Santa Catarina.

Fotos: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

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