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Mais de 53 mil pessoas perderam o emprego no Vale do Itajaí por conta da pandemia

A segunda edição de uma pesquisa do Sebrae/SC que apresenta o impacto da pandemia do coronavírus na economia do estado apontou que cerca de 406 mil pessoas já perderam seus empregos desde o início da crise provocada pela pandemia. No Vale do Itajaí, 53.249 pessoas foram demitidas.

A sondagem analisou o universo de pequenos negócios e das médias e grandes empresas. O Sebrae/SC ouviu 4.348 empresários de todas as regiões do estado, nos dias 13 e 14 de abril. A margem de erro é de 1.5 ponto percentual para mais ou para menos.

Ainda em relação ao recorte da região do Vale do Itajaí, a pesquisa mostrou que 34% dos empresários  afirmaram terem feito até duas demissões desde o dia 18 de março, quando passou a valer o primeiro decreto de isolamento social publicado pelo governo do estado. Quanto ao faturamento, 93,19% tiveram uma queda média de 67%, o que representa um total de R$ 1.2 bilhão.  

Em relação aos dados de Santa Catarina, 34,45% dos empresários afirmaram terem feito em média duas demissões no período. A última medição, divulgada pelo Sebrae/SC no começo do mês de abril, apontava que 19,48% dos entrevistados haviam demitido. Com isso, o número de pessoas que perderam o emprego em Santa Catarina chega a 406 mil. “Essa edição mostra um aumento significativo no número de empresários que precisaram demitir. Apesar das medidas dos Governos Federal e Estadual para estimular a manutenção dos empregos, o impacto ainda é muito significativo. São milhares de famílias catarinenses que estão sem fonte de renda“, analisa o diretor superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca.  

Em relação ao faturamento, 91% dos entrevistados apontaram uma redução média de 64,63%. O valor total de perda no universo dos micro e pequenos negócios é de cerca de R$ 9,4 bilhões. O setor do agronegócio foi o menos impactado, com 69,3% dos entrevistados alegando queda média de 42% no faturamento. No setor de serviços, a queda média de 62% foi registrada por 89% dos entrevistados, na indústria a média foi de 60%, apontada por 93% dos entrevistados. Por fim o comércio, setor mais impactado, teve queda média de 68%, apontada por 94% dos empresários.

Essa edição da pesquisa já contempla o período em que o Governo flexibilizou a retomada de algumas atividades econômicas. Dessa forma, 34,57% dos entrevistados afirmaram que estão em atividade, mas com redução de produção. Já 26,5% estão em atividade com mudanças no funcionamento, 22,67% seguem fechadas aguardando liberação para funcionarem, 15,1% não tiveram mudanças na operação desde o início da crise, e 1,22% fecharam as portas e não voltam mais a funcionar. “Esse último número parece pequeno, mas representa cerca de 10 mil empresas que encerraram as suas atividades no Estado. É significativo se pensarmos que tantos empresários não tiveram outra alternativa e precisaram encerrar suas atividades em um único mês“, comenta o diretor técnico do Sebrae/SC, Luc Pinheiro.  

O diretor do Sebrae reforça ainda a importância dos parceiros em todo o Estado para a viabilização da pesquisa: “Muitas entidades entenderam a importância dessa medição e nos ajudaram a divulgar a pesquisa. O trabalho conjunto viabilizou essa amostra de mais de 4 mil empresários“.


Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas

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