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Papa Francisco critica ‘negacionismo da vacina’ entre cardeais

da ANSA

O Papa Francisco criticou nesta quarta-feira (15), os cardeais católicos que se negam a tomar as vacinas contra a Covid-19 e revelou que “um pequeno grupo” não tomou o imunizante. A conversa com os jornalistas ocorreu na viagem de volta a Roma da Eslováquia no avião papal.

“Também no colégio cardinalício há alguns negacionistas. E um desses, coitado, foi internado com o vírus. No Vaticano, todos foram vacinados, enquanto há um pequeno grupinho que se está estudando como ajudar”, disse aos jornalistas.

Para o líder católico, a divisão sobre a importância e o uso das vacinas “é estranha” porque “a humanidade tem uma história de amizade com as vacinas.”

“Desde pequenos, também contra o sarampo, a poliomielite, todas as crianças eram vacinadas e ninguém falava nada. Talvez isso que acontece agora ocorre por conta da virulência e da incerteza não apenas da pandemia, mas também pela diversidade entre as vacinas”, disse aos jornalistas.

Conforme Francisco, essa quantidade de informações que circularam acabaram “provocando medo” em muitas pessoas e assim provocaram “divisões”. “Eu não sei explicar bem os motivos, alguns dizem que é pela diversidade, outros que não foram suficientemente testadas e têm medo. Mas é preciso esclarecer sempre e falar com serenidade”, pontuou.

Francisco foi imunizado com as duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech ainda no início do ano, assim como seu antecessor, o papa emérito Bento 16, e todos os funcionários e religiosos que estão no Vaticano. Além disso, a Igreja Católica vacinou centenas de moradores de rua atendidos pelos projetos sociais em Roma.

O líder católico, inclusive, é uma das maiores vozes na cobrança de que os imunizantes sejam divididos de maneira igualitária entre os países mais pobres, que não têm condições de adquirir as fórmulas.

Cirurgia 

Ainda na área da saúde, mas em uma fala mais descontraída, o Papa foi questionado sobre como estava se sentindo após passar por uma cirurgia no intestino grosso.

A operação ocorreu na primeira metade de julho por conta de uma estenose diverticular do cólon, um estreitamento causado pelo surgimento de bolsas chamadas divertículos nessa parte do intestino.

Ao todo, Francisco passou 10 dias internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma.

“Me disseram que era preciso fazer uma intervenção… mas não foi uma coisa estética!”, disse em meio às risadas dos repórteres.

Foto: Divulgação / Francesco Ammendola (arquivo)

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