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Pizzolatti passa sua primeira noite no Presídio Regional de Blumenau

O ex-deputado federal João Alberto Pizzolatti Junior, que atualmente possui os direitos políticos cassados por conta da Lei da Ficha da Ficha Limpa, foi preso nesta sexta-feira (17), em São José, na grande Florianópolis. O pedido de prisão foi expedido pelo Ministério Público de Santa Catarina e deferido pelo juiz Juliano Rafael Bogo, da 1ª Vara Criminal de Blumenau, no último dia 9.

O pedido de prisão surgiu após Pizzolatti ser flagrado por policiais militares conduzindo o veículo de sua esposa em Rio dos Cedros. Dois dos advogados contratados para defesa já pediram licença do processo e no dia 12 de maio foram constituídos dois advogados de um escritório de Brasília/DF, que na nova defesa alegaram o advogado defensor antecedente “não soube demonstrar a verdade dos fatos” e que “não soube demonstrar a verdade dos fatos…”

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Também foi alegado no pedido de revogação da prisão preventiva, que Pizzolatti estava “internado para tratamento médico” por conta de “dependência e depressão”. Além disso, foi alegado que a filha do casal, que estaria no carro “começou a chorar desmesuradamente por conta de uma forte crise asmática” e “muita dificuldade de respirar” e como a mãe da menina já estaria habituada a lidar com a situação deixou a direção do Jeep Renegade para seu esposo porque não haveria outra coisa a ser feita.

Ainda no pedido o advogado Michel Saliba Oliveira, afirmou que os “policiais miliares, que notaram o choro intenso da criança, mas não socorreram, importando-se apenas com a situação irregular do motorista” e que não caberia “esperar do acusado e de sua esposa outra atitude, a não ser da de socorrer sua filha” concluindo em sua defesa que Pizzolatti preso, faria com que tivesse que interromper “o tratamento médico necessário e imprescindível a sua reabilitação” conforme laudos médicos médicos anexados no pedido.

Viatura chega com Pizzolatti ao PRB – Foto: Jefferson Santos / Notícias Vale do Itajaí

Mesmo assim, a Polícia Civil de Blumenau, comandada pelo delegado regional Egídio Ferrari deu cumprimento ao mandado e Pizzolatti foi conduzido da clínica em São José, para o Presídio Regional de Blumenau, onde sem regalias, passou sua primeira note. De acordo com Ferrari, mesmo sendo uma pessoa pública e auditor fiscal do Estado o mandado de prisão não estabeleceu nenhum critério para tratamentos especiais.

A multa

A multa aplicada pelos policiais militares que abordaram Pizzolatti foi a de permitir a direção a pessoa com CNH suspensa e não a de entregar a direção para pessoa nessa condição, e os dois advogados não se aterão a esse detalhe, pois de acordo com a especialista em trânsito Márcia Pontes, colunista do Notícias Vale do Itajaí, há diferença entre permitir e entregar.


Foto: Reprodução / Detran

“A esposa dele foi autuada por permitir, ou seja, ele estaria sozinho no veículo e não por entregar, que seria quando a pessoa está junto. Ou o policial errou, ou o acusado está mentindo.” esclarece Pontes, que ainda complementa que a situação é considerada crime pelo Artigo 307 do Código de Trânsito Brasileiro, já que foi descumprida uma medida judicial.

Os tratamentos de Pizzolatti

Logo depois do acidente, em que João Alberto Pizzolatti Junior deixou um jovem gravemente ferido, ele foi filmado por populares e admitiu ter bebido antes de dirigir, porém policiais militares rodoviárias não realizaram o teste do bafômetro, e mesmo sem ferimentos, o irmão dele que é médico exigiu para que ele também fosse conduzido a uma unidade hospital, da onde acabou fugindo antes mesmo de ser atendido. Logo depois, quando houve o risco de prisão, por conta das imagens que circularem nas redes sociais e na imprensa, Pizzolatti foi internado numa clínica, mas poucos dias depois já estava prestando expediente na Secretaria do Estado da Fazenda, onde exercer o cargo de auditor fiscal.

Foto: Reprodução / Polícia Civil

Logo depois de ser flagrado ao volante, no dia 29 de abril, uma nova internação foi realizada, sendo que o comunicado ao Poder Judiciário dessa internação só ocorreu após o pedido de prisão preventiva pelo descumprimento de medida cautelar. De acordo com uma declaração do Centro de Psiquiatria e Dependência Química, anexado no processo, Pizzolatti estaria internado desde 4 de maio.

Foto em destaque: Jefferson Santos / Notícias Vale do Itajaí

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