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Políticos catarinenses repudiam possibilidade de corte de 40% dos repasses da União para saúde de SC

40% a menos para o departamento de saúde de Santa Catarina. É isso que pode acontecer caso a proposta orçamentária do Governo Federal para 2020 seja aprovada sem alterações no Congresso. Políticos catarinenses alegam que essa situação colocará em risco a manutenção do atendimento médico e hospitalar prestado à população.

Na Assembleia Legislativa os deputados Ana Paula da Silva (Paulinha – PDT) e José Milton Scheffer (PP) se manifestaram em relação a essa perda para SC, durante a sessão plenária da manhã desta quinta-feira (19) “Santa Catarina paga todos os anos bilhões de impostos e não podemos aceitar esta redução. Temos que nos unir, todos, para mudar essa peça orçamentária”, afirmou Scheffer na tribuna.

O corte tem o maior percentual entre os estados do Sul e equivale a mais de R$ 700 milhões. “O nosso estado não suporta esta retração, vamos colapsar”, afirmou Paulinha. “O nosso esforço é inglório, pois é esta é uma pauta federal, mas sou uma voz a mais para fazer com que essa correção seja feita antes da aprovação do orçamento”, acrescentou a deputada.

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O assunto também foi debatido na Sessão Ordinária dessa tarde na Câmara de Vereadores. No seu tempo regimentar, o vereador Alexandre Caminha (PP) lembrou que num comparativo com os demais estados sulista, o Paraná teve um corte de 28% na dotação da saúde e o Rio Grande do Sul de 22%. “O pacto federativo precisa ser urgentemente alterado! E a bancada Catarinense precisa se unir para combater esta desigualdade!” pontua o vereador, inconformado com a notícia do corte.

O tucano Jeans Mantau (PSDB) “Esta é a resposta que do Governo Federal para com todos nós que votamos… Essa é a mudança? 40% de recursos a menos?” indagou Mantau. Adriano Pereira (PT), disse que a notícia é péssima “Uma má notícia, não bastassem os cortes na educação… com esse anúncio a preocupação aumenta mais ainda” enfatizou.

O presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau, Marcelo Lanzarim (MDB) que já foi Secretário Municipal de Saúde afirmou sabe das dificuldades que o município já enfrenta atualmente e que o Estado já deve recursos e “agora a União sinaliza com esse corte de verbas que vai impactar diretamente no atendimento da nossa população…” afirmando ainda que a cidade sofrerá muito por ser uma cidade de referência no atendimento através dos hospitais Santo Antônio e Santa Isabel que atendem pela rede pública.

O corte afetará diretamente as verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamentos de media e alta complexidade. Caminha ainda lembrou que dos três estados do sul é o único que tem o governador do mesmo partido do presidente da República, e que o estado é o 7º maior arrecadador de tributos, mas apenas o 23º de retorno por parte do governo federal. “Eu não acredito que Santa Catarina tendo um presidente e um governador do mesmo partido seja desrespeitado!” frisou Caminha.

Foto: Mateus Pereira / GOVBA

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