Presos por vandalismo em Brasília recebem vacina contra a Covid-19 nos presídios

E continuam os desdobramentos com os presos acusados de envolvimentos nos atos de vandalismo e violência aos prêdios públicos na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou em nota que são 1.418 pessoas encaminhadas para o Centro de Detenção Provisória da Papuda (homens) e para a Colmeia (mulheres). Dos envolvidos, 599 foram liberados por questões humanitárias (idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças).

O Estadão conseguiu detalhes sobre a situação dos acusados. Segundo o jornal, ao chegarem aos seus respectivos presídios, cada detento recebeu um colchão enrolado para dormir, bem como um kit com sabonete, creme dental e escova, para as mulheres também foi distribuído absorventes.

Ainda segundo as informações, cada cela possui tamanho diferente, o que faz com que o número de detentos varie entre elas. Elas ainda possuem um banheiro e as cama são feitas de concreto, para evitar que materiais possam ser usados como armas. Lá eles não podem usar celular e estão separados dos demais detentos.

Além disso, cada preso passou por uma triagem médica. Uma força-tarefa foi montada para fazer exames nos detidos, vaciná-los contra doenças como a covid-19, nos casos em que houver necessidade, e tomar nota daquelas que têm algum tipo de comorbidade ou tomam algum medicamento regulado. Todos terão direito a tomar “banho de sol” uma vez por dia. Eles também terão direito há quatro refeições por dia, café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. O cardápio varia a cada dia e inclui itens como suco e achocolatados de caixinha.

Audiências online

A próxima fase da detenção é a tomada de audiências com cada detento. Esse trabalho será feito de forma virtual, reunindo, em cada sessão, um juiz, um promotor, um advogado de defesa e o acusado. As sessões desse tipo costumam levar cerca de 20 a 30 minutos. A expectativa é de que cerca de 30 juízes atuem nas sessões, como forma de acelerar os depoimentos. Os detentos darão seus depoimentos em ambientes da prisão conhecidos como “parlatórios”.

Fonte: Uol Notícias/Estadão.
Foto: Divulgação/Reprodução.