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Um amargo final de ano

Caro leitor, encerramos 2022 com amargor. O que muito temíamos, em matéria de política nacional aconteceu. O poder voltou às mãos do mesmo grupo que há tempos de lá extirpamos.

Se houve fraude no processo eleitoral? Não sabemos, não saberemos e, sinceramente, não é meu objetivo tratar deste assunto. Confesso que até demorei a reconhecer o resultado das eleições, mas não por entendê-lo como fraudulento e sim por não conseguir compreender como, ou por que razão, o povo brasileiro decidiu que o PT deveria voltar à cena do crime.

Muitos de nós, por muitas vezes, nos arrependemos de ter votado em Jair Bolsonaro em 2018, mas quando pedíamos pela “ajuda mágica” de um velhinho de barba branca vestindo vermelho, estávamos apelando ao Papai Noel, não a Lula. O povo entendeu errado e consequentemente falhou ao decidir.
O caminho a seguir não pode ser golpista, tampouco agregado a crenças folclóricas de uma intervenção constitucional em um país que nunca seguiu sua própria Constituição. Também estou indignado, mas pretendo enfrentar o problema de cabeça erguida, sem arguir por terceiros.

Dificuldades? Existirão! O que podemos fazer? Trabalhar! Reconhecer que optamos pelo candidato errado para representar a direita como um todo e encontrar um novo nome. É inegável que Jair Bolsonaro foi o principal cabo eleitoral do candidato petista. Seus defeitos prevaleceram perante suas próprias virtudes e até sobre atos de corrupção do adversário. A derrota não é o fim, na verdade ela apenas nos ensina a levantar a cabeça e seguir lutando por um país melhor.

O PT assume, novamente, o país com o orçamento positivo, com dinheiro em caixa para propor suas políticas públicas. Recebe uma economia preparada para o fim da crise dos semicondutores, previsto para 2023, além de muita expectativa financeira por sermos um dos poucos destaques positivos na América Latina. A entrada na OCDE também está próxima, faltando incorporar mais 77 metas, das 230 necessárias. Espero que seja um governo de continuidade dos acertos e mudança restrita aos erros.

Torçamos para que as coisas funcionem dentro da razoabilidade e que possamos adotar um novo líder de direita para nos governar em 2026.

Sou Thiago Schulze, colunista de política no Mesorregional e você pode me seguir no Instagram em @thiago.schulze ou enviar sugestões para o e-mail politica@mesorregional.com.br. E ainda, se quiser ser avisado sobre novas publicações em primeira mão, clique aqui e entre no Grupo de Whatsapp, é grátis!

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