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Carga de aço avaliada em R$ 3,5 milhões oriunda de golpe aplicado em Fortaleza (CE) é recuperada em Blumenau

A Polícia Civil localizou e recuperou, em Blumenau, uma carga de aço avaliada em mais de R$ 3,5 milhões. A empresa que fez a aquisição da mercadoria pagou a compra com cheques sem fundos e com outras fraudes.

Segundo o delegado Egídio Ferrari, entre os dias 4 e 24 de fevereiro de 2020, a vítima, que é uma empresa de Fortaleza (CE), entregou para o golpista (empresa de Blumenau) cargas de aço na quantia de R$ 3.673.800,07.

A fraude consistiu no pagamento, pois, nas datas dos depósitos, foi constatado nos extratos bancários as informações dos créditos, porém, inicialmente, todos como bloqueados. Após os depósitos foi constatado pelos extratos financeiros emitidos da conta da beneficiária os desbloqueios daqueles valores, pelo que, de posse dos comprovantes, acreditando serem corretos, e das informações dos créditos como desbloqueados, a denunciante aprovou os pedidos de compra e autorizou o envio das mercadorias.

A vítima constatou que houve fraude, pois jamais houve depósito em dinheiro, mas em pelo menos 23 cheques, os quais foram devolvidos por diversas justificativas, a saber: “Cheque sem fundos – 1ª apresentação”, “divergência/insuficiência assinatura”, “talonário cancelado pelo banco sacado”, “cheque fraudado”, “ch sustado roubo/furto-não preenchido”, “conta encerrada”.

Na entrega da carga, os respectivos motoristas foram informados que o galpão da empresa estava sem espaço em Blumenau e que o descarregamento teria que ser realizado em uma área próxima. Ao chegar nessa área, que se tratava de um descampado, um campo de futebol society, já se encontravam outros caminhões de transporte e um caminhão com munck para realização do descarregamento da mercadoria.

Segundo o delegado, a vítima verificou que o fraudador depositava no atendimento bancário pessoal o montante de cada pedido de compra por meio de cheques e uma ínfima quantia em dinheiro (uma nota de dois reais). Ele enxertava os comprovantes de forma a manter a parte superior do comprovante de depósito em dinheiro, dando a aparência como se todo o depósito tivesse sido em espécie. As investigações prosseguem para a identificação de todos os estelionatários integrantes da associação criminosa.


Foto: Divulgação / Polícia Civil

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