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Médico de Itajaí suspeito de abreviar vida de pacientes em UTI é suspenso pelo CRM

Depois de cinco meses de apuração, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ajuízou, nesta quarta-feira (26) a ação contra um médico por supostamente abreviar vidas de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Itajaí. Conforme apurado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), que analisou 19 prontuários de pacientes atendidos no Hospital Marieta Konder Bornhausen, foram constatados indícios de que o médico, dentre outras infrações disciplinares, teria abreviado a vida de oito pacientes no período compreendido entre 2017 e 2019.

Os fatos chegaram ao conhecimento do MPSC em meados de março de 2020, por intermédio de representação encaminhada pela Universidade do Vale do Itajaí, onde o médico era professor do curso de medicina. Desde então, a 13ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itajaí apura o caso.

As apurações do CRM-SC foram concluídas no dia 10 de agosto deste ano e, diante da constatação, a 13ª Promotoria de Justiça de Itajaí expediu, no dia 13 de agosto, a Recomendação à Direção-Geral do hospital, para que afastasse de imediato o médico. O hospital acatou a recomendação e afastou o profissional e suspendeu as suas atividades no local. Posteriormente, o CRM-SC determinou a interdição cautelar do médico em todas as instituições onde ele exerce a profissão.

A ação civil pública determina ainda que o médico não poderá ser contratado, sob qualquer forma, ou vir a exercer a atividade médica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) do município de Itajaí. A ação está sob a análise da Vara da Fazenda Pública da comarca de Itajaí.


Foto: Divulgação / Jonnes David

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