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Morre Totò Riina, chefão histórico da máfia Cosa Nostra da Itália

Após ficar 10 dias na UTI, Faleceu na madrugada desta sexta-feira (17), aos 87 anos, o histórico “boss” da máfia Cosa Nostra, Salvatore Totò Riina, condenado a 26 sentenças de prisão perpétua por conta de inúmeros homicídios. Riina, que completou 87 anos um dia antes de sua morte, estava internado na repartição para detentos do hospital de Parma na Itália e havia passado por duas cirurgias nas últimas semanas. Depois da última operação, ele entrou em coma.

Apesar de estar na cadeia desde 1993 e dos avançados problemas de saúde, o “mais sanguinário” dos mafiosos italianos ainda era considerado o chefe da Cosa Nostra. Seu grupo perdeu força para outras novas organizações do tipo, mas nunca deixou de fato de existir. Seus advogados até tentaram, sem sucesso, retirá-lo da cadeia para ter uma “morte digna” entre seus familiares, mas a Justiça sempre negou os pedidos por considerar ele ainda uma “mente perigosa”.

Entre os assassinatos liderados por ele, estão as mortes dos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino. Os dois, sendo o primeiro mais conhecido pela operação “Mãos Limpas”, eram duros contra os grupos mafiosos e morreram em dois ataques terroristas no início da década de 1990. Apesar da morte, ambos são considerados fundamentais pelo quase desaparecimento da Cosa Nostra.

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Riina comandou o clã dos Corleone entre os anos de 1982 e 1993, instaurando um período de terror na Sicília. E, mesmo há décadas na prisão, nunca demonstrou nenhum arrependimento por seus crimes – inclusive, vangloriava-se deles na prisão. Em uma interceptação gravada pela polícia em fevereiro deste ano, ele afirmara à sua esposa que seria “sempre Totò Riina, mesmo que tenha que cumprir três mil anos de prisão”.

Com a morte de Riina, ficarão sem respostas muitas perguntas: as relações entre a máfia e a política, sobre a temporada de ataques, sobre os chamados “delitos excelentes”, sobre as tramas que viram a Cosa Nostra como braço de poderes ocultos em uma comunidade estratégica. Riina nunca mostrou algum sinal de arrependimento. Até o fim, ele permaneceu em silêncio.

 

*Com informações da ANSA
Foto: Reprodução / Gazetta del Sud

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