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Passaporte da Imunidade: Qual vacina recebesses? Talvez não entres mais na Europa!

Se pretendes viajar para Alemanha, Espanha, França, Itália ou outros países da União Européia, é melhor que não tenhas tomado Coronavac ou a versão da AstraZeneca feita na Índia.

A UE está implementando um certificado digital que já está sendo chamado de “passaporte da imunidade” e só irá admitir em seu território quem tenha tomado vacinas dos laboratórios Moderna, Janssen, Pfizer e AstraZeneca. Porém, para esta última, não está aceitando a versão “covishield”, fabricada em território indiano, que teria diferenças na fórmula. Também não constam na lista a chinesa Coronavac e a russa Sputnik, que já circulam em nosso território, nem a indiana Covaxim, que o Brasil desistiu de importar depois dos escândalos recentes de propinas cobradas na importação de imunizantes por intermediários.

Sobre a AstraZeneca, há um grande problema: das 66 milhões de doses deste imunizante aplicadas no Brasil, 4 milhões foram da versão “covishield”, justamente a “proibidona” do Velho Continente. O pior é que nem podemos considerar como “dose válida” para este fim a marca “Fiocruz”, que aparece em alguns certificados brasileiros, pois todas as doses da versão “covishield” também passaram por lá.

Achas que escapasses tomando uma dose de AstraZeneca que não é da versão “covishield”? Lamento, mas infelizmente a maioria dos certificados de vacinação emitidos no Brasil especificam apenas a marca da vacina (AstraZeneca), não indicando a origem de sua produção, o que pode fazer com que a UE negue o “passaporte da imunidade” a todos que comprovem que foram imunizados com a “AstraZeneca” no Brasil.

A esperança é uma futura, porém ainda remota, possibilidade de se combinar dois imunizantes, onde poderias receber a dose de outra vacina, esta então reconhecida pelos europeus. Entretanto, vivemos em um país que sequer permite que seus cidadãos possam comprar sua própria vacina, quem dirá escolher qual imunizante irão receber “gratuitamente”! Falando assim parece até que o Estado está nos fazendo algum tipo de “favor” com o próprio dinheiro que tomou da gente, não é mesmo?

Claro que é seu direito saber qual vacina irão lhe aplicar antes do ato acontecer, porém CUIDADO: a recusa de uma marca pode levar seu nome ao final da fila! Não que isso seja um problema para toda a população, pois para quem tem visto americano e possibilidades financeiras para dar uma voltinha no Tio Sam em pleno momento econômico pós-pandemia e com o dólar a R$ 5,00, está tudo certo! Afinal, quem viajar aos Estados Unidos nesta época terá acesso gratuito a uma dose de Janssen, duas da Pfizer ou duas da Moderna. A diferença é que lá, quem escolhe qual imunizante irá receber é você e não a “Mamãe Estado”.

Choremos por migalhas, ou melhor, pelas duas únicas vacinas que temos aqui e que parecem “prestar” ao Primeiro Mundo.

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