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Racismo motiva adiamento de partida da Liga dos Campeões

Não é de hoje que episódios de racismo acontecem em partidas de futebol. Como exemplos, em 2013, o Fenerbahçe recebia o Galatasaray no maior clássico turco. Nas arquibancadas, alguns torcedores da equipe mandante erguiam bananas e chamavam o marfinense Drogba, atacante do rival, de macaco. Já, em 2018, o atacante Demba Ba, do Shanghai Shenhua, se revoltou quando ouviu o chinês Zhang Li, do Changchun Yatai, chamá-lo repetidas vezes de “seu preto”. E ontem (8), mais um episódio lamentável de racismo se repete. O camaronês e agora auxiliar técnico do Istanbul Basaksehir, Webó, sofreu ofensas do quarto árbitro romeno, Sebastian Coltescu, em jogo contra o PSG. A partida será retomada nesta quarta-feira, às 14h55 (de Brasília), no Parque dos Príncipes, em Paris, com nova equipe de arbitragem.


Protagonistas de episódios como estes, Webó, Drogba e tantos outros lidam com o racismo há muito tempo. Na partida desta terça-feira (8), vários jogadores do Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehir foram figuras participativas em apoio ao colega Webo e sobre o futuro da partida pela Liga dos Campeões, após o caso de racismo.

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Em publicação nas redes sociais, o Istanbul Basaksehir publicou que: “No jogo do Paris Saint Germain, os nossos jogadores de futebol decidiram não entrar em campo devido ao racismo do 4º árbitro, Sebastian Coltescu, contra o nosso assistente técnico, Pierre Webó.”


Em nota, o PSG se posicionou a favor do gesto de revolta. “Qualquer forma de racismo vai contra os valores veiculados pelo Paris Saint-Germain, seu presidente, equipe e jogadores. Por mais de 15 anos, o Paris Saint-Germain fez da luta contra todas as formas de discriminação uma luta permanente. O clube da capital é hoje um dos clubes desportivos mais empenhados no combate a todas as formas de violência e discriminação.”

O que aconteceu


Após reclamações do banco do Istanbul sobre lance de jogo, antes da metade do primeiro tempo, o camaronês Webó foi expulso e confrontou o romeno Sebastien Coltescu, afirmando que o 4º árbitro proferiu fala racista.


Jogadores dos dois times foram tirar satisfação com os árbitros. O atacante Demba Ba, do Istanbul Basaksehir, teve conversa cara a cara com Coltescu. Minutos depois, os atletas, liderados por Demba Ba, se mobilizaram e deixaram o campo.

Foto: Reprodução /Getty Images

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