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Os desafios na inclusão escolar de crianças autistas

Quebrar os mitos que envolvem o autismo é uma das barreiras. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é doença, é uma condição. Estimativas globais da Organização das Nações Unidas (ONU), mostram que há, no Brasil, aproximadamente, dois milhões de pessoas com autismo, cerca de 1% da população.


Apesar de não ter cura, de acordo com sua forma e níveis de intensidade, a situação possibilita diversas terapias, que contribuem com o desenvolvimento de acordo com a característica de cada um. A desorganização sensorial cerebral é complexa e afeta os processos de comunicação, integração e comportamento social. Nesse caso entra outro obstáculo a ser derrubado: uma inclusão educacional efetiva, com todas as oportunidades que o autista tem o direito de usufruir.


Segundo Juliana Uggioni, doutora em educação, especialista em educação especial, gestora pedagógica do Instituto AutismoS e conselheira estadual de Santa Catarina da Reunida-Autismo, o diagnóstico é exclusivamente clínico. “No entanto, a escola exerce um papel fundamental ao observar e sugerir a incidência do TEA precocemente. A partir da confirmação, o encaminhamento para uma equipe multidisciplinar (com fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e comportamental, psicopedagogo, psicólogo, fisioterapeuta e outros capazes de contribuir para o desenvolvimento da criança), aliado ao trabalho desenvolvido pela escola, pode proporcionar progressos para a vivência do autista”, declara.

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Juliana defende a inclusão educacional. “Estamos em constante estudo do cenário que temos à disposição. Uma queixa comum dos professores é o despreparo da formação inicial pela qual passaram, porque é uma etapa que não abrange o TEA ou trata o transtorno de maneira superficial. Assim, eles não se sentem preparados para atender as necessidades de estudantes atípicos”, comenta.


A doutora em educação acrescenta que não é apenas garantir o direito da pessoa com autismo estar matriculada em uma escola. “É dar a ela estrutura de aprendizagem e convívio com outras crianças, adolescentes ou adultos, de forma que ela seja integrada de fato no mundo do ensino. O maior desafio das famílias de pessoas com necessidades educacionais especiais é a busca por suporte especializado no amparo aos seus filhos no ambiente da escola, ou seja, a inclusão escolar …”, finaliza Juliana.

Foto: Arquivo / Mesorregional

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